Marajó em Alerta Máximo: Adepará Intensifica Combate à Mosca-da-Carambola com Ações Estratégicas!

Adepará age em Marajó para proteger fruticultura da mosca-da-carambola, praga que ameaça a economia. Capacitações e vigilância intensas garantem segurança alimentar e produção local.

A Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) intensificou suas ações no arquipélago do Marajó para proteger a região da mosca-da-carambola, uma das maiores ameaças à fruticultura nacional. A região, conhecida por sua produção agrícola e rica biodiversidade, é crucial no combate à praga que impacta a economia e a segurança alimentar do estado. Em Cachoeira do Arari, a Adepará promoveu dois cursos para formar Agentes Multiplicadores do Programa Nacional de Erradicação da Mosca-da-Carambola, reforçando seu compromisso em proteger as áreas produtivas do Marajó. As capacitações ocorreram tanto na área urbana, no Museu do Marajó, quanto na área rural, na Escola Municipal Bom Jesus, na comunidade de Retiro Grande. Durante o treinamento, agentes comunitários de saúde aprenderam a identificar a praga e divulgar informações sobre ela, expandindo o alcance das ações educativas. Ocirene Santos, agente de saúde com 25 anos de experiência, destacou a importância da capacitação, ressaltando que falar sobre alimentos é falar sobre vida e que o curso aprimorou o conhecimento da comunidade. Os participantes foram preparados para atuar como multiplicadores do conhecimento em suas comunidades, por meio de metodologias ativas, palestras e atividades lúdicas. Júnior Santos, coordenador de Vigilância em Saúde de Cachoeira do Arari, enfatizou a relevância das dinâmicas utilizadas, que facilitaram a disseminação de informações sobre pragas

agrícolas em uma região com vasta produção. A preocupação com a mosca-da-carambola é ainda maior no Marajó, onde 19 municípios são áreas de quarentena. Olivar Valente, gerente regional de Soure, explicou que frutos hospedeiros do inseto não podem ser transportados para outras regiões do estado, a fim de evitar a disseminação da praga. O foco é proteger o território e assegurar que a produção local continue saudável e comercialmente viável. Em Cachoeira do Arari, a vigilância é constante, com cinco armadilhas instaladas, três na área urbana e duas na região do Camará, monitoradas a cada quinze dias. Luiz Carlos, Fiscal Agropecuário com 18 anos de atuação no programa, ressalta a importância do trabalho de campo para manter o Marajó livre da praga e garantir a segurança da produção. Fátima Feliz Cavalcanti, Fiscal Agropecuária, explicou aos agentes o ciclo da mosca e as medidas de prevenção, como a importância de manter o quintal limpo e recolher os frutos caídos. A Regional da Adepará em Soure, que abrange sete municípios do Marajó, já realizou cursos semelhantes em Salvaterra, Soure e Cachoeira do Arari, ampliando a rede de vigilância e educação sanitária no arquipélago. Enquanto o Marajó se destaca nas ações educativas e preventivas, outras regiões do Pará também estão fortalecendo o controle da praga. Em Capanema, fiscais agropecuários supervisionaram o programa, e em Monte Dourado, na divisa com o Amapá, novas equipes foram treinadas para atuar na pulverização e coleta de frutos. Adalberto Tavares, Fiscal Agropecuário e gerente do programa, ressaltou o engajamento dos agentes e das comunidades do Marajó, que tem sido fundamental para manter o Pará livre da mosca-da-carambola. Ele enfatizou a união entre educação e vigilância como chave para o sucesso das ações. Recentemente, um artigo científico publicado na revista Neotropical Entomology, de autoria de agrônomos da Adepará, reforçou a eficácia das medidas aplicadas no estado. O estudo reconhece o impacto positivo do Programa Nacional de Erradicação da Mosca-da-Carambola na Amazônia Oriental, com destaque para as experiências bem-sucedidas em áreas como o Marajó. Tavares concluiu que esse reconhecimento internacional valoriza o trabalho dos profissionais da Adepará, do Mapa, da Embrapa e da Ufra no combate à praga.

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