Localizada às margens do Rio Guamá, a Ilha do Combu, em Belém, é um dos principais destinos turísticos da região. Situada a poucos minutos da área urbana, a ilha de 15,9 km² é uma Área de Proteção Ambiental (APA) que vivencia um crescimento econômico impulsionado por novos empreendimentos, como residências, restaurantes e pousadas.
O plano de gestão para a área, aprovado em setembro, 28 anos após a criação da unidade de conservação, visa combater os impactos negativos do turismo. A demora na aprovação do plano foi justificada pela dificuldade em contratar serviços especializados. Cerca de 74% da ilha é coberta por floresta, enquanto os restantes 26% abrigam residências, estabelecimentos comerciais e outras atividades produtivas. A ilha atrai visitantes da região metropolitana, especialmente durante o verão amazônico.
Aproximadamente 480 famílias residem no Combu, e empreendimentos locais trabalham com cacau e andiroba cultivados na ilha, além da extração de açaí. Sem as diretrizes do plano de gestão, a ilha enfrentou problemas ambientais, como poluição sonora, descarte inadequado de lixo, tráfego intenso de embarcações e redução da área de mata nativa. A visita de milhares de turistas nos fins de semana sobrecarrega a infraestrutura local.
Em março do ano anterior, a ilha recebeu a visita do presidente francês Emmanuel Macron e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Prazeres Quaresma, moradora e proprietária de um restaurante
Ilha Paradisíaca em Crise: Turismo Predatório Ameaça o Paraíso que Recebeu Lula e Macron
A Ilha do Combu, no Pará, enfrenta um dilema: o turismo crescente traz prosperidade, mas também poluição e degradação ambiental. Um novo plano de gestão busca equilibrar desenvolvimento e preservação.

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