Luto no Fluminense: Adeus a Celso Barros, o Patrocinador que Mudou a História do Tricolor

Celso Barros, ex-patrocinador e figura chave na reconstrução do Fluminense, foi homenageado em velório. Clubes e jogadores prestam tributo ao médico que deixou um legado de títulos e paixão.

O corpo de Celso Barros, ex-patrocinador e pré-candidato à presidência do Fluminense, foi velado no Salão Nobre das Laranjeiras na manhã de domingo, 16 de junho. Barros, que tinha 73 anos, faleceu no sábado após sofrer um infarto fulminante. A cerimônia de despedida reuniu familiares, amigos, ex-jogadores e dirigentes do Fluminense. O clube decretou luto oficial de três dias e anunciou que o time entrará em campo de luto no clássico Fla-Flu da próxima quarta-feira, 19 de junho, no Maracanã, que também contará com homenagens ao ex-mecenas. Entre os presentes no velório, destacaram-se figuras históricas do clube, como Carlos Alberto e Deley, além do presidente Mário Bittencourt, que ressaltou a importância de Celso Barros na reestruturação do Fluminense no final da década de 1990. A cerimônia foi marcada pela exibição da camisa do Fluminense com o nome da Unimed. Celso Barros foi fundamental para o clube, especialmente no final dos anos 90, sendo um dos pilares para o Fluminense não apenas sobreviver, mas também recuperar sua força e grandeza. Estiveram presentes o filho e a esposa do então presidente David Fischer, que assumiu o Fluminense no final de 1998 e início de 1999. Logo depois, Celso Barros se juntou ao projeto, patrocinando o clube ainda na terceira divisão. Essa união foi um dos momentos mais importantes da história do Fluminense, permitindo que o clube superasse dificuldades e voltasse a brilhar. Além do luto institucional, o Fluminense

preparou homenagens para o Fla-Flu da próxima quarta-feira, 19 de junho, pelo Campeonato Brasileiro, no Maracanã. O time entrará em campo em luto em memória do ex-patrocinador. Carlos Alberto, ídolo e campeão pelo clube, expressou sua emoção ao relembrar a relação pessoal com Celso Barros: "Ele é como um pai para mim. Ele me proporcionou coisas importantes. Um cara extremamente sensível, um cara humano. Ele me deu uma das maiores alegrias dentro desse clube, que foi ser capitão na Copa do Brasil de 2007." Celso Corrêa Barros, pediatra de renome, teve uma carreira destacada na medicina, ocupando cargos importantes como diretor do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro, conselheiro do CREMERJ e diretor da Associação Médica Brasileira. No futebol, ganhou projeção nacional ao presidir a patrocinadora do Fluminense entre 1999 e 2014. Durante sua gestão, o clube deixou a Série C, voltou a ser protagonista e conquistou títulos importantes: a Copa do Brasil de 2007, os Campeonatos Brasileiros de 2010 e 2012 e os Campeonatos Cariocas de 2002, 2005 e 2012. A parceria viabilizou a contratação de grandes nomes, como Romário, Edmundo, Fred, Conca, Deco, Thiago Neves e outros ídolos tricolores. Anos depois, Celso Barros retornou à política do clube. Em 2019, foi eleito vice-presidente geral na chapa liderada por Mário Bittencourt. A relação entre eles se rompeu durante o mandato, e Celso passou a fazer oposição. Ele era pré-candidato à presidência do Fluminense para o triênio 2026–2028 e faleceu no prazo final para homologação das chapas.

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