A prévia da inflação de outubro, medida pelo IPCA-15, apresentou uma desaceleração, registrando 0,18%. O resultado veio após um aumento de 0,48% em setembro, influenciado pela alta no preço da energia elétrica. A queda no índice foi impulsionada pelo fim do impacto do bônus de Itaipu e pela menor pressão da bandeira tarifária, que passou de vermelha patamar 2 para patamar 1. Com isso, a energia residencial teve recuo de 1,09% em outubro, após alta de 12,17% no mês anterior. Apesar da desaceleração, o número veio abaixo do esperado pelos analistas de mercado, que projetavam alta de 0,21%. Nos últimos 12 meses, o IPCA-15 acumula alta de 4,94%, menor que os 5,32% registrados no período anterior, mas ainda acima do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional. No ano, o índice acumula 3,94%. A desaceleração não foi maior devido à alta nos combustíveis e nas passagens aéreas, que impactaram o segmento de transportes. As perspectivas para o final de outubro são de uma desaceleração ainda maior. A queda no preço da gasolina, que pressionou a inflação na prévia, pode levar a uma redução significativa nos últimos dias do mês. A gasolina é um dos itens com maior impacto no índice, e essa queda pode fazer com que a inflação fique abaixo do teto em 2025, trazendo um cenário mais favorável para a economia.