Adolfo Mesquita Nunes, advogado e autor do livro "Algoritmocracia – Inteligência artificial e automação: que futuro para as pessoas", expôs, na segunda-feira, 17, as suas preocupações sobre a crescente falta de compreensão da sociedade portuguesa em relação à inteligência artificial (IA). Durante o encontro “Zona de Impacto Global – Pensar o ESG”, iniciativa d’O Jornal Económico e do Novobanco, na Escola 42 Lisboa, Nunes mencionou um exemplo da Áustria, onde um algoritmo criado para auxiliar na ligação entre desempregados e vagas de emprego favorecia, inadvertidamente, aqueles com maior facilidade de encontrar trabalho, ignorando outros. Este caso ilustra os perigos de se introduzir IA sem uma compreensão clara do seu funcionamento e dos riscos inerentes, ressaltou.
Nunes enfatizou que a introdução da IA é inevitável e benéfica, mas alerta para a necessidade de estar ciente dos seus riscos e de como mitigá-los. Ele destaca que muitas empresas carecem dessa consciência, baseando suas ferramentas em critérios de eficiência que podem levar a resultados indesejados. Nunes exemplificou com a sua própria experiência, mencionando que algoritmos criados por mulheres para identificar trabalhadores valorizados podem favorecer homens devido à inclusão de indicadores quantitativos tipicamente masculinos.
Nunes prevê que, nos próximos anos, a combinação de humanos e máquinas se tornará mais comum, e a ética será crucial para resolver as questões
IA: Sociedade Portuguesa em Risco? Adolfo Mesquita Nunes Alerta para Crise de Conhecimento e Livre Arbítrio
Adolfo Mesquita Nunes critica a falta de preparação em Portugal para a inteligência artificial, alertando para os riscos e a necessidade urgente de educação e ética.
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