Guyana demonstra um progresso significativo na busca pela igualdade de gênero, alcançando a 8ª posição regional e a 31ª colocação global no Índice Global de Gênero. Essa conquista ressalta o compromisso do país com o empoderamento de mulheres e meninas. Graças aos investimentos governamentais e a programas estratégicos, Guyana atingiu esse marco notável, refletindo uma maior participação feminina na força de trabalho, na posse de imóveis e no empreendedorismo.
Durante a abertura da Conferência Nacional sobre a Implementação da Declaração de Beijing e da Agenda de Mulheres, Paz e Segurança, realizada na quarta-feira no Royal International Hotel em Georgetown, a Ministra de Serviços Humanos e Seguridade Social, Dra. Vindhya Persaud, relembrou a histórica Conferência de Beijing de 1995, que reuniu 30.000 ativistas de 189 países. Ela enfatizou que o legado desse movimento continua a influenciar as políticas públicas em nível internacional e nacional, destacando a criação da Comissão de Mulheres e Igualdade de Gênero, a Estrutura de Violência Baseada em Gênero de Guyana e políticas destinadas a erradicar a violência contra mulheres e meninas.
"Em nosso país, o status econômico das mulheres recebeu investimentos pesados, com foco em educação, empoderamento e na garantia de que mais mulheres façam parte da nossa economia formal... Vimos isso ser reconhecido através do nosso avanço de 80 posições no Índice Global de Gênero", declarou
a ministra. Ela também destacou marcos legislativos importantes, como a Lei de Violência Familiar de 2024, que substituiu leis anteriores para criar um arcabouço legal mais forte para proteger os sobreviventes, e os esforços contínuos para emendar a Lei de Ofensas Sexuais, incluindo um Registro de Ofensores Sexuais. Guyana está entre os 193 países que implementam legislação, políticas e planos de ação relacionados às mulheres.
Atualmente, 60% das terras habitacionais distribuídas pelo governo são de propriedade de mulheres, e mais de 90.000 mulheres foram capacitadas por meio da Women’s Innovation and Investment Network (WIIN), adquirindo habilidades e independência financeira. A Ministra Persaud reconheceu o papel dos homens no avanço da igualdade de gênero, anunciando a expansão da Bridging the Gap Policy e a criação de espaços e centros seguros para homens em diversas comunidades, com o objetivo de promover a masculinidade positiva e a responsabilidade compartilhada.
Elogiando as parcerias com as Nações Unidas (ONU), a União Europeia (UE) e a sociedade civil por meio de iniciativas como o Spotlight Programme, a Dra. Persaud afirmou que essas colaborações modernizaram a resposta de Guyana à violência baseada em gênero, introduzindo ferramentas como a Linha Direta 914, o Aplicativo iReport e os Centros Hope and Justice, que oferecem suporte integrado aos sobreviventes.
A Ministra de Assuntos Parlamentares e Governança, Gail Teixeira, também participou da discussão, refletindo sobre a defesa de longa data de Guyana pela igualdade e empoderamento feminino. Ela observou que o cenário político de Guyana evoluiu significativamente, com mulheres ocupando posições-chave em todo o governo e instituições públicas. "Tenho muito orgulho das jovens que vejo em Guyana hoje, jovens nos negócios, jovens líderes religiosas, mulheres que são juízas e magistradas, mulheres no governo, mulheres na sociedade civil", afirmou a ministra.
De acordo com a Ministra Teixeira, Guyana ocupa a 31ª posição global entre 148 países no Relatório de Lacuna de Gênero do Fórum Econômico Mundial em 2025. Em 2024, o país estava na 35ª posição. Ela atribuiu essa conquista aos extensos investimentos e ao trabalho realizado em educação, saúde, participação econômica e serviços sociais. A ministra observou que, de acordo com o Relatório de Gênero e Igualdade do Fórum Econômico Mundial, Guyana ficou em primeiro lugar na América Latina em relação à propriedade de terras e propriedades por mulheres.
A Ministra Teixeira deixou claro que a igualdade de gênero não é apenas uma meta moral ou social, mas um imperativo demográfico essencial para o desenvolvimento nacional sustentável.
Enquanto isso, a Diretora de Acusação Pública (DPP), Shalimar Ali-Hack, defendeu a necessidade de um estudo e uma abordagem multissetorial para lidar com a violência. Ela observou que, embora as mulheres estejam progredindo, ainda são vítimas. Ali-Hack enfatizou a importância de educar adultos e crianças sobre o tema da violência, ressaltando que o currículo escolar deve ser revisado para promover a compreensão entre as crianças sobre os impactos e as consequências negativas da violência sexual e física.
A conferência também contou com a presença da Coordenadora Residente das Nações Unidas, Jean Kamau, e da Conselheira da Embaixada da República Popular da China, Li Hanqing.
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