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Ferreira de Castro: Um Século de Reflexão e o Desafio de Honrar a Memória do Autor

Em 2028 e 2030, celebram-se os 100 anos de “Emigrantes” e “A Selva”. Como a obra de Ferreira de Castro ainda ressoa em nós?
Ferreira de Castro: Um Século de Reflexão e o Desafio de Honrar a Memória do Autor
Aproximam-se datas cruciais para a literatura: 2028 e 2030. Esses anos marcam o centenário da publicação de “Emigrantes” e “A Selva”, de Ferreira de Castro, obras que ecoam na memória coletiva de Oliveira de Azeméis. As efemérides são um teste à capacidade de honrar a memória de um autor e a sua obra. A publicação destes romances e a figura do escritor são elementos chave para os oliveirenses. Em 2028, completam-se cem anos desde que Ferreira de Castro lançou “Emigrantes”. O romance, que gerou debate, especialmente entre autores brasileiros, questionava a capacidade de acolhimento e tratamento dos emigrantes europeus. Ferreira de Castro, que se assumiu como “emigrante vencido” após ir para o Brasil em 1911, retratou as angústias, frustrações e os desvios dos emigrantes, denunciando a “sociedade mal organizada” que explorava os “rebanhos de párias”. O tema da exploração laboral é retomado em “A Selva”. O talento do romancista reside na sua habilidade de transportar o leitor para dentro das narrativas: fazer sentir o aroma do café ou o lamento dos trabalhadores em “Emigrantes”; ou os odores da selva e as privações em “A Selva”. Antes de Steinbeck, Camus, Orwell, Malraux, Guimarães Rosa, Sartre ou dos neorrealistas portugueses, Ferreira de Castro já propunha uma reflexão sobre a justiça social e a capacidade de nos repensarmos. A questão permanece: estaremos à altura desse desafio? José Carlos Soares, professor na
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