A trajetória de um artista, independentemente de como conquista a fama, é sustentada por um público fiel. Seja por meio de visualizações, curtidas ou comentários, o apoio dos fãs é crucial. Para uma música alcançar o sucesso ou um show lotar, é preciso conquistar o público. Melhor ainda, se esse público se tornar fã e demonstrar carinho, como acontece com Léo Santana. Celebrando duas décadas de carreira com a gravação de um projeto audiovisual nesta quinta-feira (20), Dia da Consciência Negra, com entrada gratuita na Praça Maria Felipa, o cantor expressa sua gratidão aos fãs que o acompanham desde sua passagem pela banda Parangolé, no início dos anos 2010, até a consolidação de sua carreira solo. Os fãs são fundamentais para transformar músicas em sucessos nas plataformas digitais, como foi o caso de “Desliza (‘Ólhinho’ No Corpinho)”, ou para conquistar prêmios como Música do Carnaval, com “Zona de Perigo”. A relação entre cantor e fã é de reciprocidade. O sucesso de Léo Santana, impulsionado por seu carisma e talento nos palcos, também beneficia aqueles que se conectam com sua música. Fãs e o GG interagem, colecionando momentos especiais além dos shows e encontros em hotéis. O artista ganhou destaque nacional em 2010, com o hit "Rebolation", em sua estreia no Parangolé. Herdando o legado de Nenel e Bambam, o cantor de Periperi gravou os álbuns "Dinastia Parangoleira" (2008), "Dinastia Parangoleira Ao Vivo em Salvador" (2009)
, "Negro Lindo" (2010), "Todo Mundo Gosta" (2011) e "Diferenciado" (2013). Em sua carreira solo, Léo se tornou conhecido por sucessos como "Destampei", "Deboche", "Santinha" e "Zona de Perigo". O artista lançou os álbuns "Uma Nova História" (2014), "Baile da Santinha" (2016), "Inovando" (2018), "Ao vivo em Goiânia" (2018), "Levada do Gigante Ao Vivo em São Paulo" (2019), "Al Mare Ao Vivo em Fortaleza" (2020) e outros, além de projetos como Léo e Elas (2024) e PaGGodin (2024 e 2025). Para entender melhor a base que transformou o GG em um gigante, o Bahia Notícias buscou os fã-clubes do artista, vindos da periferia de Salvador. Em entrevista ao site, Gislane, conhecida como Gi, relatou que Léo foi “uma fuga” durante um período difícil de sua vida. Presidente do único fã-clube do artista em Curitiba, no Paraná, Gi teve contato com a obra do cantor há 14 anos, quando ele ainda fazia parte do Parangolé. Na época, a fã havia perdido seus irmãos e o pai, encontrando na dança uma forma de superar a dor. Gi e Léo Santana no PaGGodin 2024 “Léo me tirou de um buraco”, confessou Gi. “Eu já falei algumas vezes para ele, que ele não imagina o tamanho da grandeza que é o dom dele, do que abrange na vida das pessoas, no que modifica a vida das pessoas, no bem que faz para as pessoas”, contou. “Eu iniciei dançando, comecei a fazer dança e as músicas eram do Parangolé. Léo tinha iniciado no Parangolé. E ali, eu só adorava as músicas dele, gostava do ritmo, do Léo em si, como cantor, e fui me apaixonando aos poucos”, explicou. Longe da capital do pagode, Gi explica que o contato com a música de Léo Santana através da dança a fez se apaixonar pelo pagode baiano. Desde então, a fã se dedicou a participar de momentos importantes do cantor. “Eu comecei a viajar. Ele ia para São Paulo, ele ia para Florianópolis, Santa Catarina, Balneário Tamburiú, mas o máximo do Sul que ele ia era nessa região”, relatou. Apesar da distância, isso não a afastou de seu ídolo. O fã-clube que ela preside foi criado há 9 anos, com o apoio da Central de Fãs, gerida pela equipe do próprio cantor, que facilita a interação de Léo com os fãs, como em shows, eventos, hotéis e até almoços, como o da última terça-feira (19). Mais próxima do cantor, na Liberdade, em Salvador, Rebeca também tem uma forte conexão com Léo Santana. A jovem conheceu o artista em 2010, aos 10 anos, após o lançamento do DVD “Todo Mundo Gosta”, por influência de uma amiga da escola. “A partir daí que eu comecei a acompanhar mais de perto, a querer estar mais próximo dele, a conhecer a história de vida dele, que é tão inspiradora e que trouxe ele até aqui”, disse Rebeca. Atual presidente do Abana Paixão LS, que completou 11 anos no início do mês, Rebeca conta que primeiramente se sentiu atraída pela imagem do cantor e, em seguida, passou a conhecer melhor sua história. Rebeca e Léo Santana em 2015 A história de Rebeca como fã de Léo, assim como a de Gi, está ligada à família. O primeiro show do cantor que a jovem assistiu foi na virada de ano de 2010, na Barra. A fã estava com o primo, Tiago, que faleceu no ano passado vítima de câncer. “A gente foi para a Barra e quando a gente chegou lá [já] estava muito cheio, a gente não conseguiu nem chegar na metade para ver o palco, mas ele [o primo] me colocou no pescoço e eu vi a pontinha de Leo. Eu lembro que Leo tava com a roupa branca, o balé tava com roupa branca. Leo ainda era do Parangolé. Realmente foi logo quando eu comecei a ser fã dele e é especial para mim, porque foi uma pessoa que se foi, mas que sempre me incentivou a nunca desistir porque a foto perfeita, ela não veio de início, ela demorou um pouco”, compartilhou. A baiana, assim como a curitibana, também se esforçou para estar presente em vários momentos do cantor. Fã desde muito jovem, Rebeca teve o apoio da mãe para participar dos eventos do cantor. Devido à proximidade, Rebeca esteve presente em diversos projetos realizados por Léo em Salvador. “Todos os projetos, tudo que ele faz, tudo que ele se propõe a fazer e eu posso tá ali grudada acompanhando e eu faço”, conta. O que significa ser fã de Léo? Diante das experiências e interações entre o cantor e seus fãs, Rebeca descreve a experiência de ser fã de Léo como “chegar a locais que você nunca imaginava que você podia chegar”, motivada pelo “amor, a força de vontade e a persistência”. Para Gi, Léo é “sinônimo de força, de determinação, de nunca desistir dos sonhos”. “Leo é motivação, sabe? Ele é inspirador, é um ser humano incrível. Eu não digo só pelo cantor, eu digo pela pessoa, Leandro Silva de Santana. Léo é uma pessoa única, rara, de um coração maior que ele”, completa. “Não tem quem conheça Rebeca e não conheça Leo Santana”, declara a soteropolitana. E é verdade: a jovem, inclusive, distribuiu CDs e DVDs do cantor como “lembrancinha” em sua festa de aniversário de 18 anos. A jovem ganhou, da presidente do fã-clube na época, diversos CDs e DVDs sorteados para o fã-clube pela equipe do cantor para distribuir em sua festa. “Eu peguei todos os CDs e fiz questão que a decoradora fizesse uma mesa e colocasse os CDs lá dividido em álbuns, para quem quisesse levar”, compartilhou. Aniversário de 18 anos de Rebeca Logísticas e comunicação com central de fãs Ao BN, Rebeca explica que o Abana surgiu de um grupo de Whatsapp com fãs do GG de vários estados brasileiros e tem como objetivo manter as pessoas atualizadas sobre os projetos e a vida pessoal do cantor. O fã-clube foi oficializado pela Salvador Produções e é um dos fã-clubes administrados pela central de fãs, o Clube do Gigante. “É uma comunicação muito aberta, direta, atualmente, é com muito, com muita compreensão, inclusive vários momentos que a gente já teve atualmente com Leo, estar mais próximo dele, é, foi devido a essa intervenção do clube”, explica. Longe da região onde Léo costuma se apresentar, Gi conta que uma das maneiras que encontrou de ver o gigante de perto, além do apoio da família e do marido, foi visitando rádios e casas de show para tentar levar um show do cantor para a região. “Eu consegui com que Léo fosse contratado para um show muito pequeno em Curitiba e o dono dessa casa de venda até se assustou, porque eles lançaram a venda e a casa era muito pequena, esgotou em 30 minutos assim. E daí ele teve a visão assim: ‘Nossa, não é o que eu estou pensando. É muito maior’ E eu falei: ‘Nossa, fiquei super feliz’”, revela Gi. As duas presidentes, inclusive, participaram de um encontro com fãs realizado nesta quarta-feira (19), após coletiva de imprensa do artista sobre o projeto “DNA do Gigante” e estarão presentes na gravação do audiovisual em uma área especial, reservada para os fãs, em frente ao palco.
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com base em reportagem publicada em
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