Ex-assessor de Bolsonaro causa alvoroço: 'Vaquinha' nos EUA para blindar contra a Justiça?

Filipe Martins, ex-assessor especial de Bolsonaro, está no centro de uma nova polêmica. Apontado como parte do “núcleo 2” da suposta trama golpista, ele lançou uma campanha de arrecadação de fundos para custear advogados nos Estados Unidos. A iniciativa, anunciada por seu advogado, Jeffrey Chiquini, visa cobrir os honorários de criminalistas e outras despesas que Martins enfrenta há quase três anos. Chiquini, defensor da causa, afirmou que o dinheiro arrecadado será exclusivamente para Martins. Ele incentivou apoiadores a contribuir, com o objetivo de “levar todos os responsáveis pela fraude no sistema migratório americano à Justiça dos EUA”. A ação ocorre em um momento crucial, com Martins cumprindo prisão domiciliar após seis meses detido no Paraná. Sua prisão preventiva foi motivada pela presença de seu nome na lista de passageiros da comitiva de Bolsonaro que viajou a Orlando em dezembro de 2022. A vaquinha foi anunciada após decisões do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que inicialmente afastou a defesa de Martins por perda de prazo processual, mas recuou da decisão. O episódio gerou reações da extrema-direita, que acusou o STF de “cerceamento de defesa”. Paralelamente, a Procuradoria-Geral da República reuniu documentos que implicam Martins na tentativa de golpe de Estado. Uma das principais provas é a reunião de 7 de dezembro de 2022, na qual Bolsonaro teria apresentado uma minuta de decreto com medidas de exceção. Martins