Para quem está na correria dos estudos para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), manter o foco e a energia é tão crucial quanto decorar conteúdos. Estudar é uma atividade que exige muito do corpo e da mente. De acordo com um estudo publicado pelo Brainfacts, o cérebro — responsável pela concentração, memória e raciocínio — utiliza cerca de 20% da energia do organismo e depende diretamente dos nutrientes que recebemos através da alimentação. É por isso que o que vai para o prato pode influenciar o desempenho nos estudos tanto quanto o tempo dedicado aos livros. Segundo a nutricionista Amanda Amorim, a alimentação funciona como o combustível do cérebro. “A glicose é sua principal fonte de energia, mas deve vir de alimentos saudáveis, como frutas, cereais integrais e legumes, que liberam energia aos poucos, evitando picos e quedas de concentração”, explica.
Além da energia, certos nutrientes têm um papel direto na função cognitiva: o ômega-3, presente em peixes e sementes, melhora a comunicação entre os neurônios; o magnésio, encontrado em castanhas e vegetais, reduz o estresse e ajuda na concentração; e a colina, presente no ovo, fortalece a memória.
“Quando a alimentação é equilibrada e combinada com sono de qualidade e hidratação adequada, o cérebro consegue operar em seu melhor desempenho”, pontua Amanda. Dietas desequilibradas prejudicam o rendimento. Comer em horários irregulares, pular refeições ou exagerar em
alimentos ultraprocessados pode causar fadiga, irritabilidade e lapsos de atenção. A cafeína em excesso, por exemplo, pode gerar ansiedade e atrapalhar o sono, comprometendo o aprendizado no dia seguinte.
Um dos erros mais comuns entre vestibulandos é pular refeições, principalmente o café da manhã. “Abusar de doces ou carboidratos simples antes de estudar, consumir cafeína em excesso e ficar longos períodos em jejum prejudica a energia e o foco”, alerta a nutricionista. Fast-food e alimentos industrializados, pobres em nutrientes, também comprometem o desempenho cognitivo e o bem-estar emocional. Alimentar-se bem é uma estratégia de estudo. Não se trata de seguir uma dieta restritiva, mas de garantir que o cérebro receba, de forma constante, os nutrientes necessários para funcionar com clareza e foco, um investimento tão importante quanto resolver simulados ou revisar conteúdos.
No dia da prova do Enem, prefira alimentos que você já está acostumado a comer e que não causem sono ou mal-estar. Para manter a disposição durante longas sessões de estudo, Amanda recomenda refeições leves, mas completas, que combinem carboidrato de qualidade, proteína e gordura saudável. Um exemplo prático: pão integral com ovo mexido e um copo de suco natural ou café com leite. Lanches rápidos para levar ao cursinho ou à biblioteca incluem frutas como banana ou maçã, mix de castanhas, sanduíches integrais com frango ou queijo e iogurte em embalagem prática.
A relação com a comida também impacta o emocional dos estudantes. Alimentos ricos em triptofano — como banana, aveia e ovos — estimulam a serotonina, ajudando a controlar a ansiedade. O magnésio, presente em castanhas, abacate e folhas verdes, promove relaxamento, enquanto peixes como salmão e sardinha contribuem para a melhora do humor. “Doces e fast-food podem trazer alívio momentâneo porque liberam dopamina, mas o efeito é passageiro e pode prejudicar sono, humor e concentração”, lembra Amanda. A hidratação não pode ser esquecida: mesmo a leve desidratação reduz memória, foco e raciocínio. “O ideal é beber cerca de 30 a 35 ml de água por quilo de peso por dia. Ter uma garrafinha sempre à mão ajuda a criar o hábito”, orienta.
Manter a energia estável e o foco durante as longas horas de prova, sem causar sono, desconforto ou queda de concentração, é a meta. Confira as dicas da nutricionista Amanda Amorim para os dias da prova: O equilíbrio na alimentação faz toda a diferença. Na semana do vestibular, a recomendação é manter regularidade nas refeições, evitar excessos e apostar em alimentos já conhecidos pelo organismo. “No dia da prova, prefira cafés da manhã leves e nutritivos — pão integral, queijo branco ou ovo, fruta e suco natural — e, se for almoçar antes do exame, escolha refeições equilibradas, como arroz integral, frango grelhado e legumes cozidos”, esclarece. Amanda reforça que o segredo está no equilíbrio e na constância: “Planejar o cardápio semanal, combinar carboidratos complexos, proteínas magras e gorduras saudáveis em todas as refeições e fazer lanches leves entre elas ajuda a manter a energia estável e melhora o desempenho nos estudos”, finaliza.
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