Dillon Danis, uma figura controversa no mundo das lutas, recebeu uma proibição vitalícia de participar dos eventos do UFC. A decisão foi tomada após um incidente durante o UFC 322 em Nova York, onde Danis se envolveu em uma briga perto do ringue. O presidente do UFC, Dana White, informou que a punição veio em resposta à participação de Danis em uma altercação com membros da equipe de Islam Makhachev no Madison Square Garden.
Danis, faixa preta em jiu-jitsu brasileiro (BJJ), construiu sua reputação treinando com o renomado técnico Marcelo Garcia. Ele combinou suas habilidades de grappling de elite com uma personalidade pública que frequentemente gera controvérsias. Incidentes passados, provocações nas redes sociais e lutas em outras modalidades, como boxe e eventos regionais, o mantiveram em destaque. A decisão do UFC encerra um capítulo de sua presença em eventos importantes do esporte.
Danis ganhou notoriedade no no-gi jiu-jitsu, conquistando a faixa preta rapidamente e obtendo sucesso em competições. Ele ganhou visibilidade ao se aliar ao camp de Conor McGregor, atuando como parceiro de treino e corner em diversas lutas de destaque. Essa proximidade com McGregor ampliou sua plataforma e o apresentou a um público maior, fora da comunidade do grappling.
Migrando para as artes marciais mistas, Danis teve vitórias iniciais no Bellator, finalizando seus oponentes por finalização e mostrando potencial como um lutador de MMA. Uma lesão séria no joelho
e uma longa reabilitação interromperam seu progresso, mas sua reputação por suas habilidades técnicas no grappling permaneceu intacta. Além de suas atividades atléticas, Danis cultivou um perfil online provocador, frequentemente se envolvendo em provocações e rivalidades nas redes sociais, o que muitas vezes confundia os limites entre promoção e provocação.
A carreira de Danis foi marcada por incidentes que chamaram a atenção de reguladores e do público. Ele esteve no corner de McGregor no UFC 229 em 2018, quando uma briga ocorreu após a vitória de Khabib Nurmagomedov. Esse episódio estabeleceu uma história tensa entre Danis e membros da comunidade de luta do Daguestão. Essa altercação resultou em medidas disciplinares e tensões que ressurgiram em anos subsequentes. Fora do octógono, Danis se dedicou ao boxe, com destaque para sua luta com Logan Paul, que aumentou sua visibilidade, apesar da derrota. Ele também enfrentou problemas legais e de reputação relacionados a seu comportamento online provocador, incluindo alegações que levaram a disputas públicas e polarizaram a opinião entre fãs e colegas.
O incidente no UFC 322 aconteceu minutos antes da luta principal, diante de um público lotado no Madison Square Garden. Segundo relatos, Danis estava em uma área próxima aos lutadores e se envolveu em uma discussão com membros da equipe de Islam Makhachev. A confusão exigiu a intervenção da segurança e levou a liderança do UFC a agir decisivamente. Dana White se pronunciou publicamente, reconhecendo que foi aconselhado a remover Danis antes do evento, mas permitiu que ele permanecesse após confirmar a posse de um ingresso.
Apos o ocorrido, White anunciou a proibição permanente de Danis em futuros eventos do UFC, descrevendo a decisão como necessária para proteger a organização e seus participantes. A organização optou por não apresentar acusações criminais, mas a proibição vitalícia efetivamente impede o acesso de Danis aos principais eventos e encontros promocionais do esporte. Com a proibição do UFC, as perspectivas de carreira de Danis se afastarão da organização que domina o cenário global das artes marciais mistas. Ele ainda tem oportunidades no boxe e em eventos regionais de MMA, além de manter um perfil midiático que pode ser monetizado por promotores.
Organizações menores e eventos de boxe pay-per-view historicamente capitalizaram em figuras controversas, e Danis pode buscar mais lutas de crossover ou eventos de exibição que evitem a jurisdição do UFC. Funcionários do UFC reconheceram o erro em permitir que Danis permanecesse na arena, e a proibição rápida ressalta a preferência da organização por consequências rigorosas quando o comportamento próximo ao ringue ameaça a segurança. Promotores e reguladores provavelmente reavaliarão os protocolos de credenciamento, assentos e monitoramento para evitar incidentes semelhantes em eventos futuros. A proibição de Dillon Danis marca uma resposta definitiva do UFC a um padrão de conduta disruptiva que culminou no UFC 322. Sua experiência técnica em jiu-jitsu e o sucesso inicial no MMA agora são ofuscados por uma série de controvérsias que lhe custaram o acesso à maior plataforma do esporte.
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com base em reportagem publicada em
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