Desespero na Igreja: Fiéis Fogem de Operação da Patrulha de Fronteira em Charlotte – 'Achamos que a Igreja Era Segura'

“Pensei: ‘Espere, por que estou correndo? Sou cidadão’”, disse Miguel Vazquez, um dos indivíduos que fugiram para a mata próxima. Outros relatos de prisões e detenções, incluindo de cidadãos americanos, surgiram em meio às atividades de fiscalização federal em Charlotte. No sábado, o Departamento de Segurança Interna (DHS) confirmou que estaria “aumentando os recursos” para a operação, apelidada de “Charlotte’s Web”, para atingir “estrangeiros criminosos” que haviam “se reunido no Estado da Carolina do Norte porque sabiam que políticos santuários os protegeriam”. O departamento disse que Charlotte não honrou quase 1.400 ordens de detenção do ICE, pedidos para manter uma pessoa sob custódia após sua liberação criminal para fins de fiscalização de imigração. Autoridades eleitas do Condado de Mecklenburg, incluindo a prefeita de Charlotte, Vi Lyles, divulgaram uma declaração conjunta no sábado, antes do início da operação, alertando que isso estava “causando medo e incerteza desnecessários em nossa comunidade”. A Secretária Assistente do DHS, Tricia McLaughlin, disse em um comunicado: “Os americanos devem poder viver sem medo de criminosos ilegais violentos que os prejudiquem, suas famílias ou seus vizinhos. Estamos intensificando a aplicação da lei do DHS em Charlotte para garantir que os americanos estejam seguros e que as ameaças à segurança pública sejam removidas. Houve muitas vítimas de estrangeiros criminosos ilegais. O presidente Trump e a secretária [Kristi] Noem intensificarão a proteção dos americanos quando os políticos santuários não o fizerem.” A deputada da Carolina do Norte, Alma Adams, democrata, postou no X: “Estou extremamente preocupada com a implantação de agentes da Patrulha de Fronteira dos EUA e do ICE em Charlotte. A comunidade imigrante de Charlotte é uma parte orgulhosa da Queen City, e não ficarei parada observando meus eleitores serem intimidados e assediados.” A prefeita Vi Lyles, em uma declaração conjunta com os presidentes do Conselho de Comissários do Condado de Mecklenburg e do Conselho de Educação, disse: “Nossas organizações acreditam que nossa diversidade nos torna mais fortes. E com essa crença, somos firmes em nosso compromisso com uma comunidade segura e acolhedora, onde todos possam crescer e prosperar. É fundamental que todos os moradores se sintam seguros em nossa comunidade e saibam que podem viver suas vidas sem medo ao caminhar na rua, ir à escola, ao trabalho ou ao supermercado.” Vazquez disse ao The Charlotte Observer que a igreja suspenderá os serviços até que os membros se sintam seguros para se reunir sem medo de ataques semelhantes. O DHS não confirmou quanto tempo a operação em Charlotte durará. Ações semelhantes em Los Angeles duraram vários dias, enquanto a implantação de forças federais em e ao redor de Chicago, que começou em setembro, está em andamento.