A Associação Nacional dos Produtores de Cacau (ANPC) intensificou a pressão sobre o governo federal, exigindo a revogação da Instrução Normativa (IN) que permite a importação de cacau da Costa do Marfim, o maior produtor mundial. Segundo a associação, essa medida tem gerado impactos econômicos significativos e representa uma ameaça à segurança fitossanitária do país.
Em entrevista ao Bahia Notícias, Vanusa Barrozo, presidente da ANPC, acusou a ex-ministra da Agricultura, Teresa Cristina, de favorecer o lobby das grandes multinacionais ao estabelecer a norma em 2021. Empresas como Barry Callebaut, Cargill e OFI, que compram cacau diretamente de produtores locais e possuem grande capacidade de processamento industrial, foram beneficiadas. “Foi uma liberação irresponsável. A própria previsão de safras foi retirada, deixando a indústria livre para importar o quanto quiser. Analisamos o processo e constatamos que o Ministério da Agricultura desconsiderou leis de defesa fitossanitária nacionais e internacionais, além de princípios constitucionais. A normativa é irregular”, criticou a produtora.
De acordo com a presidente da ANPC, 56,5 mil toneladas de cacau já foram importadas em 2023, com a expectativa de mais 60 mil toneladas chegando até novembro, em lotes mensais de 12 mil toneladas. Ela destacou que o cacau importado, muitas vezes produzido em condições de trabalho análogas à escravidão e com tráfico de crianças na África, é o mais
Crise do Cacau: Produtores Clamam por Mudanças Urgentes para Salvar a Economia Baiana
Importação de cacau da Costa do Marfim causa prejuízos e ameaça segurança fitossanitária, diz Associação Nacional dos Produtores de Cacau. Queda de preços e abandono do setor preocupam.
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