Copom Decide os Juros! Entenda o Impacto da Reunião e o Futuro da Selic

Banco Central inicia reunião crucial para definir a taxa básica de juros. Decisão esperada para quarta-feira (5) pode impactar seus investimentos. Saiba mais!

O Comitê de Política Monetária (Copom) iniciou, na manhã desta terça-feira, 4, a primeira etapa da reunião que definirá a taxa Selic, conforme informou o Banco Central. O presidente da autarquia, Gabriel Galípolo, e os demais diretores estão analisando apresentações técnicas para embasar a decisão sobre os juros. A divulgação do resultado está prevista para quarta-feira, 5, às 18h30. O mercado financeiro demonstra consenso quanto à manutenção da Selic em 15% nesta reunião. Uma pesquisa Projeções Broadcast revela que a maioria das instituições (92%) prevê a estabilidade da taxa nesse patamar, pelo menos, até o final do ano. Analistas consultados pelo Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) indicam que o Copom provavelmente manterá a comunicação de que os juros permanecerão em um nível significativamente contracionista por um período extenso. Eles avaliam que o cenário entre as reuniões evoluiu conforme o esperado, com dados mais favoráveis de inflação corrente, apesar das expectativas ainda não totalmente alinhadas, e sinais mistos na atividade econômica, porém com indicação de ligeira desaceleração. Especialistas enfatizam a grande incerteza sobre o cenário do próximo ano. No âmbito doméstico, o ambiente fiscal e a proximidade do período eleitoral são pontos de destaque. No cenário internacional, a dúvida central reside na continuidade do ciclo de flexibilização monetária promovido pelo Federal Reserve

(Fed, o Banco Central americano), considerando dados mais fortes do que o previsto sobre o mercado de trabalho, atividade e inflação nos Estados Unidos. Desde a última reunião, a mediana do Focus para a inflação de 2025 diminuiu de 4,83% para 4,55% - ligeiramente acima do teto da meta de inflação, de 4,50% -, e de 2026, de 4,30% para 4,20% - ainda acima do centro da meta, de 3,0%. No período, o IPCA-15 registrou desaceleração a 0,18% em outubro, ante 0,48% em setembro. Em 12 meses, a inflação arrefeceu de 5,32% para 4,94%. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) apresentou alta de 0,40% em agosto, na série com ajuste sazonal, após queda de 0,52% em julho. O resultado ficou abaixo da mediana da pesquisa Projeções Broadcast, que indicava alta de 0,70%. Entre as reuniões, o presidente do BC e outros membros do colegiado reiteraram a mensagem de que os juros devem permanecer em nível contracionista por um período prolongado. Em declaração recente, o presidente do Banco Central afirmou que a manutenção da taxa de juros nessa condição é crucial para convergir a inflação à meta. Na ocasião, ele expressou a preocupação do BC com o fato da inflação ainda não estar na meta, mas ressaltou que a autarquia observa um processo de desaceleração.

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