Black Friday Bombando! Pix Supera Cartão e Natal Começa Mais Cedo

A Black Friday deixou de ser um evento isolado de descontos para se consolidar como o momento de abertura das compras de fim de ano no Brasil. Um dado importante: 68% dos consumidores afirmam que usarão a data para adiantar as compras de Natal. Novembro, portanto, se transforma no novo dezembro, e as marcas precisam se adaptar a uma temporada de compras que começa mais cedo, se estende por mais tempo e exige maior estratégia. Uma pesquisa realizada pela RZK Insights, com 16 mil pessoas nas principais capitais, revela que o consumidor brasileiro chegou à Black Friday de 2025 mais experiente e menos impulsivo. Apesar do desejo continuar sendo um fator importante, a racionalidade ganhou força, com consumidores pesquisando preços, comparando opções e se preocupando com a logística. Dessa forma, o desafio das marcas não é apenas despertar o desejo, mas também transmitir confiança, conveniência e controle. O Pix assume o protagonismo. Se novembro virou dezembro, o Pix se tornou o novo cartão de crédito. Pela primeira vez desde que a Black Friday se popularizou no país, o Pix à vista (24%) ultrapassa o cartão de crédito (16%) como meio de pagamento preferido. O movimento é simbólico: o brasileiro busca evitar juros, manter a autonomia financeira e sentir o impacto do gasto no presente, sem postergá-lo para o futuro. Além disso, o Pix parcelado surge como uma alternativa moderna ao crediário, citado por 8,9% dos entrevistados. O consumidor não apenas compra,

ele planeja, calcula e escolhe o meio que lhe oferece mais clareza e menos riscos. O meio de compra, ao unificar pagamento e posse em um único gesto, se torna o símbolo dessa nova racionalidade. A antecipação das compras de Natal não é por acaso. O consumidor urbano de 2025 equilibra desejo e pragmatismo: busca bons preços, mas também frete grátis, entrega rápida e marcas confiáveis. Descontos agressivos lideram como fator decisivo (37%), mas a conveniência já aparece logo em seguida. É uma equação simples: se a Black Friday oferece vantagem real e uma experiência sem atritos, por que esperar dezembro? Em essência, a data se tornou um momento estratégico para “comprar bem”, seja para si (81% dos entrevistados), seja para presentear. A pesquisa também confirma um comportamento cada vez mais flexível: 52% preferem comprar online, mas as lojas físicas, especialmente as de bairro e os comércios populares, seguem relevantes e somam mais de 40% das intenções. O consumidor pesquisa no celular, compara preços durante o trajeto e finaliza a compra no ambiente que considera mais conveniente. Nesse cenário, o DOOH (Digital Out-of-Home) ganha destaque: telas espalhadas pela cidade funcionam como lembretes e gatilhos de decisão em tempo real. O consumidor de 2025 é, acima de tudo, móvel — física e digitalmente. Smart TVs, geladeiras, fogões, máquinas de lavar: os eletrodomésticos continuam no topo das intenções de compra. Não são compras aleatórias, mas sim trocas planejadas, muitas vezes adiadas, que encontram na Black Friday o momento ideal para caber no orçamento. O potencial de consumo estimado é de R$ 2,74 bilhões, com um ticket médio de R$ 1.040. O número mostra que o consumidor não está retraído, mas sim escolhendo com mais estratégia e menos improviso. A grande história da Black Friday 2025 não é o desconto, nem o volume de vendas, mas sim a mudança cultural. O brasileiro compra com planejamento, com o celular em mãos, atento à logística e utilizando o Pix como forma de organizar sua vida financeira. Ao transformar novembro no novo dezembro e o Pix no novo cartão, o consumidor demonstra que o poder de decisão saiu das promoções e voltou para suas mãos. Cabe às marcas acompanhar essa maturidade — porque, a partir de agora, a data não começa no dia 29: ela começa na mente do consumidor semanas antes.

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