Alerta! Quase 40 Milhões de Brasileiros Apostam Online - E o Impacto é Chocante!

Estudo da CNDL revela que 41% dos apostadores cortam gastos essenciais para jogar. Endividamento, problemas de saúde mental e famílias afetadas: entenda a crise.

Um levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), em colaboração com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), expõe o crescimento das apostas online no país e seus efeitos no orçamento familiar. A pesquisa indica que 39,5 milhões de brasileiros apostaram em jogos ou plataformas digitais nos últimos 12 meses. O estudo, conduzido entre 13 e 25 de junho de 2025, revela que 41% dos apostadores abriram mão de produtos ou serviços, como refeições fora de casa, lazer ou internet, para jogar. O gasto médio mensal com apostas é de R$ 187, chegando a R$ 255 entre as classes A e B. O Pix é o método de pagamento mais utilizado, representando 76% das transações, seguido pelo cartão de crédito (11%). As apostas esportivas são as mais populares, mencionadas por 54% dos entrevistados, à frente dos jogos de cassino. Dentre os motivos para apostar, 35% citaram curiosidade, 22% buscam ganho rápido de dinheiro e outros 22% mencionaram a diversão. A frequência é alta: 24% jogam semanalmente; 18%, de duas a três vezes por semana; e 11%, diariamente. Segundo a pesquisa, os efeitos negativos são significativos. Quase 1 em cada 5 apostadores (19%) reconhece ter gasto mais do que podia, comprometendo a renda mensal. Outros 17% deixaram de pagar contas, e 29% tiveram o nome negativado em razão das apostas. O levantamento também aponta que 28% dos jogadores tiveram impactos emocionais ou familiares, como irritação, endividamento, conflitos

domésticos, ansiedade ou depressão. Cerca de 7% perderam produtividade no trabalho ou nos estudos por causa do vício. Apesar disso, 37% tentaram reduzir ou parar de apostar, mas não conseguiram. Entre eles, apenas 21% buscaram ajuda profissional ou espiritual. Além disso, a pesquisa demonstra que o hábito já atingiu as famílias: 46% dos entrevistados conhecem alguém próximo que enfrentou dificuldades com apostas. Entre os pais, 9% afirmaram que filhos adolescentes (12 a 18 anos) apostam em plataformas digitais. A pesquisa também revela uma rejeição crescente à publicidade de casas de apostas. Seis em cada dez brasileiros, ou seja, 60%, avaliam como negativa a promoção dessas plataformas por celebridades e influenciadores digitais. Quatro em cada dez, ou 41%, deixaram de seguir criadores de conteúdo que fazem esse tipo de propaganda. Questionados sobre o que o poder público deveria fazer, os entrevistados pedem campanhas de conscientização, proibição de publicidade com famosos, restrição de anúncios voltados a jovens e inserção do tema nas escolas. Outros 27% defendem o aumento de impostos sobre as apostas. Apesar dos impactos, a maioria (56%) não quer o fim das apostas, mas pede regras mais rígidas e fiscalização ampliada. Outros 37% defendem a proibição total. Para o presidente da CNDL, José César da Costa, os resultados da pesquisa acendem um alerta urgente para as consequências do crescimento descontrolado das apostas online no país. O presidente avaliou que é fundamental que a regulamentação do setor priorize a proteção do consumidor, especialmente de jovens e famílias, e não apenas a arrecadação.

📝 Sobre este conteúdo Esta matéria foi adaptada e reescrita pela equipe editorial do TudoAquiUSA com base em reportagem publicada em Metropoles . O texto foi modificado para melhor atender nosso público, mantendo a precisão factual. Veja o artigo original aqui.