Em Abuja, a ONU Mulheres Nigéria, em colaboração com o Conselho Nacional de Mudanças Climáticas (NCCC), lançou a Ferramenta e Estratégia de Integração de Gênero para as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) da Nigéria, promovendo a inclusão de gênero nas políticas climáticas. A ferramenta tem como objetivo incorporar considerações de gênero no planejamento, financiamento, implementação e monitoramento climático em todos os níveis de governança. Ela oferece orientação prática para assegurar que as políticas, projetos e investimentos climáticos sejam eficazes e sensíveis às questões de gênero. A Diretora-Geral do NCCC, Bar. Sra. Tenioye Majekodunmi, destacou a urgência de incorporar considerações de gênero na política climática, afirmando que a igualdade de gênero é um imperativo climático e social. Ela ressaltou que o acesso igualitário aos recursos eleva a produção agrícola, melhora a resiliência doméstica e fortalece as comunidades. O lançamento coincide com os esforços da Nigéria para implementar sua NDC 3.0 atualizada, orientada pela Lei de Mudanças Climáticas de 2021 e pela Estratégia de Desenvolvimento de Baixas Emissões de Longo Prazo (LT-LEDS). Majekodunmi afirmou que a nova ferramenta está alinhada com as estruturas e auxilia na institucionalização de abordagens sensíveis ao gênero em setores chave, como energia, agricultura, transporte, indústria e resíduos. Ela enfatizou a construção de uma arquitetura
institucional que integra considerações de gênero em todos os setores, com a Ferramenta de Integração de Gênero das NDC como um elemento central desse esforço. A ferramenta, desenvolvida pela ONU Mulheres Nigéria, visa fornecer às instituições nacionais, estaduais e locais as ferramentas para identificar lacunas de gênero, integrar abordagens sensíveis ao gênero no design de projetos e monitorar resultados por meio de indicadores MRE (Monitoramento, Relatório e Avaliação) e desagregados por sexo. Majekodunmi destacou a importância de rastrear resultados e fazer ajustes baseados em evidências, enfatizando que a igualdade de gênero deve ser um padrão de desempenho, não uma reflexão tardia. Ela explicou que nenhuma política, investimento ou decisão sobre mudanças climáticas deve ser tomada sem considerar suas implicações de gênero, defendendo o orçamento sensível ao gênero e a participação feminina na tomada de decisões em todos os níveis. A diretora-geral elogiou a colaboração por trás do desenvolvimento da ferramenta, agradecendo o apoio dos principais ministérios e agências governamentais. Ela conclamou todas as partes interessadas a tratar a ferramenta como um guia dinâmico e em constante evolução, um catalisador para a inovação e uma ponte entre a ambição nacional e o impacto local. Beatrice Eyong, Representante da ONU Mulheres para a CEDEAO, enfatizou a necessidade urgente de centralizar a igualdade de gênero na política climática, destacando o impacto desigual das mudanças climáticas nas mulheres e seu papel central em setores sensíveis ao clima. Eyong revelou o impacto de gênero das mudanças climáticas, afirmando que as mulheres são as mais afetadas, especialmente em regiões vulneráveis. Ela mencionou que, segundo a ONU, 80% das pessoas deslocadas pelas mudanças climáticas são mulheres e crianças, e que as interrupções relacionadas ao clima prejudicam a segurança alimentar, a renda familiar e as economias nacionais. Ela enfatizou as contribuições vitais das mulheres para a adaptação climática, particularmente na agricultura, sistemas alimentares e conhecimento ambiental local. Eyong apelou aos ministérios, departamentos e agências para que se apropriem da ferramenta lançada e a traduzam em mudanças políticas e programáticas reais. Ms. Ogochukwu Ukemezia, Consultora Nacional sobre Integração de Gênero para NDC 3.0 e LT-LED, defendeu a transformação da ferramenta em uma mudança real e abrangente, enfatizando a importância da ação, o valor social da igualdade de gênero e o poder do planejamento de desenvolvimento inclusivo. Ela ressaltou que o evento foi um ponto de encontro prático para todos os atores, desde ministérios governamentais até parceiros de desenvolvimento, aplicarem a ferramenta em seu trabalho diário. Ukemezia reformulou a igualdade de gênero como um motor de progresso nacional, inovação e desenvolvimento sustentável. Grace Obi Ukpabi, Diretora de Desenvolvimento Social do Ministério Federal de Orçamento e Planejamento Econômico, enfatizou a necessidade urgente de ir além do planejamento nacional genérico e usar dados sensíveis ao gênero para projetar políticas que respondam às diversas realidades dos nigerianos. Ukpabi revelou a mudança de marginalizar o gênero para torná-lo central no planejamento do desenvolvimento. Ela pediu uma abordagem intencional e baseada em dados para o planejamento, reconhecendo como diferentes grupos, especialmente mulheres e crianças, experimentam a política de maneira diferente. Ela instou os planejadores a quebrar o hábito de tratar a população como um bloco homogêneo. Ela refletiu sobre como os planos nacionais anteriores relegavam o gênero a um capítulo à parte, mas elogiou a mudança atual para integrar totalmente as questões de gênero em energia, infraestrutura e outros setores-chave.
📝 Sobre este conteúdo
Esta matéria foi adaptada e reescrita pela equipe editorial do TudoAquiUSA
com base em reportagem publicada em
Thisdaylive
. O texto foi modificado para melhor atender nosso público, mantendo a precisão
factual.
Veja o artigo original aqui.
0 Comentários
Entre para comentar
Use sua conta Google para participar da discussão.
Política de Privacidade
Carregando comentários...
Escolha seus interesses
Receba notificações personalizadas