Absolvição no Ninho do Urubu: A revolta que abala famílias seis anos após a tragédia

A decisão judicial de absolver os sete acusados no caso do incêndio no Ninho do Urubu provocou revolta e indignação entre os familiares das vítimas. A tragédia, que ocorreu em 2019 no centro de treinamento do Flamengo, no Rio de Janeiro, resultou na morte de dez jovens atletas das categorias de base do clube. Rosana de Souza, mãe do jogador Rykelmo de Souza Viana, expressou sua profunda tristeza e revolta diante da sentença. Moradora de Limeira, interior de São Paulo, ela diz esperar um possível recurso do Ministério Público. “Não tenho palavras para expressar o que sinto. A dor e a revolta são constantes diante do que a Justiça fez”, lamentou Rosana. “É uma demonstração de insensibilidade conosco. A justiça, além de lenta, ainda se mostra injusta.” A decisão, proferida pelo juiz Tiago Fernandes de Barros, da 36ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, considerou a quantidade de provas apresentadas “insuficiente” para condenar os réus. Foram absolvidos Antonio Marcio Mongelli Garotti e Marcelo Maia, que ocupavam cargos de gestão no CT; Claudia Pereira Rodrigues, Danilo da Silva Duarte, Fabio Hilario da Silva e Weslley Gimenes, responsáveis pelos contêineres usados como alojamento para os adolescentes; e Edson Colman da Silva, contratado para a manutenção dos aparelhos de ar-condicionado. Em um momento pessoal delicado, com a mãe hospitalizada, Rosana se mostrou abalada com a notícia da absolvição dos réus, seis anos após a morte de seu filho