Francisco Mairlon Barros Aguiar, que passou 15 anos detido, foi libertado do presídio da Papuda, em Brasília, na madrugada de quarta-feira, após uma decisão unânime do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Mairlon foi condenado no caso conhecido como "Crime da 113 Sul", mas foi inocentado. Detido em 2010, aos 22 anos, ele agora, aos 37, volta a ser um homem livre. A soltura ocorreu às 0h20, com Mairlon deixando o complexo penitenciário abraçando a família e acompanhado por seus advogados.
Em entrevista à TV Globo, Mairlon expressou sua gratidão à família, advogados e ministros do STJ. Ele descreveu o momento como o dia mais feliz de sua vida, agradecendo a todos que o apoiaram e à ONG Innocence, que insistiu em sua inocência. A libertação de Mairlon ocorreu após uma análise detalhada do caso, que revelou falhas no processo original.
A investigação apontou que as confissões de Mairlon e dos outros dois homens condenados foram obtidas sob pressão e manipulação policial. A confissão de Mairlon foi extraída após horas de interrogatório exaustivo. A condenação foi baseada apenas na confissão, sem outras provas como DNA ou testemunhas. As confissões dos outros réus foram corrigidas em juízo. A defesa teve acesso a vídeos dos depoimentos, que nunca foram analisados pelos juízes, mostrando a manipulação policial e a fragilidade da confissão de Mairlon.
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