A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou a recondução de Paulo Gonet ao cargo de procurador-geral da República. A decisão final, porém, será tomada pelo plenário da Casa. A votação na CCJ registrou 17 votos a favor e 10 contra, refletindo, em parte, o desgaste de Gonet com o bolsonarismo, especialmente após as acusações da PGR contra Jair Bolsonaro no caso da suposta trama golpista. Apesar da aprovação na CCJ, a expectativa é que a votação no plenário não atinja os 65 votos que Gonet recebeu em 2023, quando assumiu o cargo. Senadores como Jorge Seif e Flávio Bolsonaro expressaram o descontentamento bolsonarista durante a sabatina, criticando a atuação de Gonet e o que consideram uma "tirania da toga". O ex-presidente Bolsonaro, condenado e em prisão domiciliar, também foi citado. Gonet defendeu suas ações no processo da trama golpista, afirmando que a PGR não age precipitadamente e que sua atuação é sempre pautada pela lei. Ele também prometeu não interferir em outros Poderes, garantindo que o Ministério Público não tem o objetivo de criminalizar a política. A votação no plenário, liderada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre, dependerá do apoio de, no mínimo, 41 senadores para confirmar a recondução de Gonet.