O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, expressou dúvidas sobre a conclusão do processo de apuramento dos votos para a Câmara de Lisboa, durante um discurso no Porto. O partido pretende analisar as considerações que influenciaram os resultados. Em declarações aos jornalistas, Raimundo afirmou que o PCP está a avaliar os números e os relatórios, justificando sua incerteza com a necessidade de analisar o processo em profundidade, lembrando que o anúncio já foi feito, mas que envolve muito mais do que apenas números. Raimundo mencionou a possibilidade de o processo não ser finalizado imediatamente. O Chega obteve 26.755 votos em Lisboa, superando a CDU por três votos e assegurando o segundo vereador. Paulo Raimundo destacou o aumento da votação da CDU em Lisboa, que subiu 1.780 votos em relação às eleições anteriores, mas lamentou a diferença que impediu um resultado ainda melhor. No discurso, com quase meia hora de duração, Raimundo apresentou o PCP como a principal força de resistência e serviço à juventude, criticando o pacote laboral do governo e anunciando uma marcha nacional para 8 de novembro. Além disso, o líder comunista enviou uma mensagem à União Europeia, reafirmando a soberania de Portugal e rejeitando interferências na gestão da Segurança Social, enfatizando a importância do trabalho dos cidadãos.