Há cerca de oito meses, uma coluna jornalística abordava as expectativas em torno do segundo mandato de Donald Trump na presidência dos Estados Unidos. Naquele momento, o texto previa que Trump entraria para a história, mas não se sabia em qual posição. O artigo, com o mesmo título deste, "Nada Será Como Antes", publicado em fevereiro, afirmava que o mundo não seria o mesmo ao final do mandato de Trump. Ele poderia ser visto como um líder capaz de resolver problemas complexos ou como alguém que colocou fogo no mundo. Essa dualidade permanece atual, e as duas possibilidades merecem ser lembradas: Trump seria visto como um "maluco" ou como um líder que mudou a dinâmica do comércio internacional e pôs fim a conflitos. A situação permanece a mesma, e o papel de Trump na história ainda não foi completamente definido. No entanto, os recentes acontecimentos, como o acordo que pode levar ao fim das hostilidades entre Israel e o Hamas, algo que parecia improvável, sugerem uma mudança de perspectiva. Aqueles que apostavam em Trump como um incendiário parecem estar revendo suas posições. Na mesma semana, Trump voltou a impor tarifas comerciais à China, abalando os mercados globais. Diante disso, aqueles que o veem como alguém propenso a gerar conflitos ganharam terreno novamente. É cedo para definir a imagem final de Trump, mas o anúncio do fim das hostilidades no Oriente Médio, feito por ele nas redes sociais, teve um impacto positivo inegável. Trump anunciou
com orgulho a assinatura da primeira fase do plano de paz entre Israel e o Hamas, prevendo a libertação de reféns e a retirada de tropas israelenses. Embora seja desejado, o acordo, por si só, dificilmente garantirá o fim definitivo das hostilidades na região. A atitude de Trump, com o poderio militar e econômico dos EUA, é crucial para o sucesso do acordo. Se os EUA não continuarem a ser o fiador do pacto, o tratado pode não resistir à instabilidade histórica da região. Trump está ciente disso e manifestou a intenção de enviar uma força militar para garantir o cumprimento do acordo. A primeira etapa do acordo prevê a libertação de reféns, a devolução de corpos, a saída de prisioneiros palestinos e a deposição de armas pelo Hamas. A transferência do controle da região para uma coalizão internacional, liderada pelo ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair, também está prevista. Muitos detalhes ainda precisam ser ajustados, mas o plano, que parecia um devaneio, parece cada vez mais próximo de se concretizar. Trump propôs transformar Gaza em uma "Riviera do Oriente Médio". A ideia era reconstruir Gaza, oferecendo aos palestinos oportunidades de trabalho, renda e um futuro melhor, em vez de deixá-los sob o controle de terroristas. Trump propôs um plano para reconstruir Gaza e proporcionar aos palestinos uma vida digna. Os administradores de fundos de investimento árabes, interessados nas oportunidades de negócios na reconstrução, esperam ansiosamente. O plano prevê a remoção de escombros, construção de avenidas, habitações seguras, hospitais, escolas, universidades, startups, indústria pesqueira e hotéis luxuosos. Apesar de ser um sonho, a intervenção de Trump estabeleceu condições para um cessar-fogo. Se o Hamas não usar este momento como uma pausa, esta pode ser a primeira chance de garantir a paz duradoura na região. A libertação dos reféns e a deposição de armas, pilares da proposta de Trump, são as condições que Israel impôs para retirar suas tropas. Trump deixou claro que o descumprimento do acordo o fará mudar de ideia, unindo-se a Israel para tornar Gaza um "inferno como nunca visto". O mundo espera que o acordo de Trump tenha sucesso e que o conflito termine. A postura de Joe Biden, antecessor de Trump, foi substituída por ações concretas que visavam o fim da guerra. Trump adotou uma postura proativa que, sem esconder o apoio a Israel, tomou medidas que visavam o fim da guerra. O ataque ao Irã e o corte de suprimentos de armas asfixiaram o Hamas e outras facções. Trump mencionou o encontro com o presidente Lula na ONU e propôs uma conversa. Os dois trocaram um telefonema e, posteriormente, o Secretário de Estado Marco Rubio agendou uma reunião presencial. Essa aproximação é importante, mas é cedo para dizer que resolveu tudo. Medidas como tarifas sobre importações brasileiras e investigações comerciais foram tomadas. Autoridades brasileiras parecem minimizar o contencioso, atribuindo-o a mal-entendidos. O deputado Eduardo Bolsonaro e o jornalista Paulo Figueiredo foram apontados como responsáveis pelas decisões da Casa Branca. O artigo de fevereiro recomendava que o Brasil não medisse forças com os EUA antes de avaliar o que pode perder. Chegou a hora do Itamaraty deixar de lado a postura ideológica e priorizar os interesses do Brasil. A resposta a essa pergunta virá nos próximos dias e dependerá da diplomacia brasileira.
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