Trégua Israel-Hamas: O Que Vem Depois da Cúpula do Egito e da Libertação de Reféns?

para o Egito. Ajuda humanitária começou a fluir para Gaza, mas permanece muito abaixo dos níveis que as agências de ajuda dizem ser necessários. E agora? O Hamas já afirmou que não libertará os reféns restantes até que as forças israelenses se retirem totalmente de Gaza. Ao concordar com a primeira fase, o grupo parece estar confiando nas garantias de Trump de eventual retirada. O cronograma para qualquer retirada total israelense permanece incerto. Também não está claro se o Hamas cumprirá as exigências de desarmamento, uma condição fundamental do plano geral de Trump e um grande ponto de discórdia nas negociações. Em uma entrevista à Al Jazeera em 9 de outubro, o alto funcionário do Hamas, Osama Hamdan, disse: "Nenhum palestino aceitaria entregar armas e o povo de Gaza precisava mais do que nunca de resistência". O Hamas, no entanto, concordou em deixar o governo, transferindo a autoridade para um órgão de transição de tecnocratas palestinos. Este "Conselho da Paz" seria supervisionado internacionalmente, com Trump devendo liderar, e o ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair também foi nomeado como um possível membro. Leia também: Donald Trump e membros mediadores assinam o histórico Acordo de Paz de Gaza no Egito. Trump, a caminho de Israel a bordo do Air Force One na segunda-feira, observou: "Eu gosto de Tony, sempre gostei de Tony, mas quero descobrir se ele é uma escolha aceitável para todos". O possível envolvimento de Blair tem gerado críticas, devido à sua associação com a invasão liderada pelos EUA em 2003 no Iraque e alegações sobre armas de destruição em massa que foram posteriormente refutadas. Falando no Air Force One, Trump disse acreditar que "todos estão felizes" com o plano de 20 pontos. Ele descreveu Gaza como semelhante a um "local de demolição" após a ofensiva israelense e disse que os esforços de limpeza começariam "quase que imediatamente". Durante seu discurso no Knesset, Trump acrescentou: "Agora, é hora de traduzir essas vitórias contra terroristas no campo de batalha no prêmio final de paz e prosperidade para todo o Oriente Médio". Em Gaza, os moradores estão retornando cautelosamente às áreas danificadas, equilibrando a esperança de paz com o medo de que o cessar-fogo não se mantenha. "Tudo se foi; não sobram as necessidades da vida", disse um homem à NBC News. "Então, por que você vive? Nosso dinheiro, nossas casas pelas quais trabalhamos duro por anos - tudo se foi. Não sobrou nada." Apesar de seu discurso, Trump fez apenas breves referências à reconstrução de Gaza ou ao futuro a longo prazo dos palestinos. A discussão pública sobre a implementação de seu plano de 20 pontos se limitou a reuniões com os ricos estados árabes e governos europeus que devem formar um esforço internacional de estabilização e reconstrução.