Portugal Ainda Sofre: Fome Persiste e Prestações Sociais Falham em Proteger os Mais Vulneráveis

Carlos Farinha Rodrigues, especialista em pobreza, acende o sinal de alerta: a fome não foi erradicada em Portugal. Em entrevista à Renascença, Rodrigues destaca que muitas pessoas ainda enfrentam dificuldades para se alimentar adequadamente, comendo pouco ou de forma inadequada para uma vida digna. Além disso, o economista critica a eficácia das prestações sociais, considerando-as insuficientes para combater a pobreza de forma efetiva. Rodrigues, também professor do Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade de Lisboa (ISEG/UL), defende que é preciso garantir a eficácia das prestações sociais, em vez de apenas aumentar seus valores. Ele ressalta a importância de combater o estigma associado a medidas como o Rendimento Social de Inserção (RSI). O especialista aponta que as prestações sociais, por si só, não resolvem o problema da pobreza, sendo necessárias medidas estruturantes para uma mudança real. O especialista revela que em Portugal, onde mais de dois milhões de pessoas vivem em situação de pobreza ou risco de exclusão, a fome ainda é uma realidade. Rodrigues enfatiza que as estatísticas oficiais podem não captar toda a extensão da pobreza, citando como exemplo os sem-abrigo, que muitas vezes não são contabilizados. Carlos Farinha Rodrigues, membro do fórum consultivo da Estratégia Nacional de Combate à Pobreza, lamenta a falta de vontade política para reduzir os níveis de pobreza. Ele acredita que seria possível diminuir