Uma funcionária da EMEI Antônio Bento, localizada na Zona Oeste de São Paulo, relatou a entrada de policiais militares armados, incluindo um com metralhadora, na escola. A ação ocorreu após a denúncia de um pai de aluna, que questionou desenhos com o nome “Iansã”, alegando se tratar de “aula de religião africana”. A funcionária afirma que foi coagida pelos policiais, que permaneceram no local por cerca de 20 minutos. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que a Polícia Militar instaurou uma investigação sobre a conduta da equipe envolvida. A Secretaria Municipal da Educação ressaltou que as atividades fazem parte das propostas pedagógicas da escola, que incluem o ensino de história e cultura afro-brasileira e indígena, conforme o Currículo da Cidade de São Paulo. A jornalista Ana Aragão, da Rede Butantã, destacou a indignação na região e o apoio à escola, com um abaixo-assinado em defesa dos profissionais. O abaixo-assinado pede apuração e responsabilização do pai que danificou materiais, investigação da conduta dos policiais por possível abuso de autoridade e ações de formação sobre diversidade e combate ao racismo. A funcionária da escola afirmou que as imagens da ação estão disponíveis para as autoridades. A Secretaria Municipal da Educação, em nota, esclareceu que o pai da aluna recebeu explicações sobre o trabalho apresentado pela filha, que integra uma produção coletiva.