A mais recente sensação de true-crime da Prime Video mergulha em uma das prisões mais infames das Américas, a mesma onde o jogador de futebol Robinho cumpre atualmente sua sentença. Conhecida por abrigar alguns dos criminosos mais notórios do país, a série desvenda um mundo onde riqueza, influência e notoriedade se chocam atrás das grades de aço. De herdeiras ricas a profissionais da saúde e assassinos de todos os tipos, o programa revela como esses detentos navegaram pelas dinâmicas de poder, alianças e rivalidades enquanto cumpriam pena por crimes chocantes. A série se concentra em cinco figuras infames que residiram simultaneamente nessa prisão de segurança máxima, desvendando não apenas os crimes que os levaram até lá, mas também as vidas dramáticas, muitas vezes semelhantes a novelas, que levavam dentro de suas paredes. Abaixo, mergulhamos nas histórias reais por trás dos casos mais significativos apresentados na série: os crimes, as investigações e o intenso escrutínio público que transformaram tribunais em um teatro que dominava as manchetes, conforme relata o Express. O nome de Suzane von Richthofen se tornou notório após o chocante assassinato de seus próprios pais em 2002. Com apenas 18 anos, a herdeira de uma rica família de São Paulo - descendentes do Barão Vermelho - planejou o assassinato de seu pai, Manfred von Richthofen, e de sua mãe, Marísia von Richthofen, com a ajuda de seu namorado Daniel Cravinhos e seu irmão Christian
Cravinhos. O trio espancou brutalmente o casal até a morte em sua própria casa, chocando a nação com a natureza fria e calculista do crime. A motivação, deduziram os investigadores, foi uma mistura de ganância e rebelião, já que Suzane tinha como objetivo herdar a fortuna da família. Ela foi presa logo após os assassinatos e, eventualmente, condenada a 39 anos de prisão. Dentro do complexo prisional de alta segurança onde foram encarcerados, Suzane rapidamente ganhou reputação de rainha da prisão. Descrições de outros detentos e funcionários da prisão a retratam como inteligente, estratégica e capaz de exercer influência sobre outros prisioneiros. Ela navegou cuidadosamente pelas alianças, tornando-se uma figura fundamental na hierarquia social do presídio. Elize Matsunaga assassinou seu marido, Marcos Matsunaga, em maio de 2012. Marcos, o executivo de 42 anos da empresa de alimentos Yoki, foi morto depois que Elize descobriu seu caso extraconjugal. De acordo com sua confissão, ela atirou nele na cabeça com uma pistola .380 que ele havia ensinado a ela a usar e desmembrou seu corpo, colocando os restos mortais em sacolas que transportou em seu carro, longe de sua cobertura. Câmeras de vigilância rastrearam seus movimentos, mostrando-a deixando o prédio carregando três sacolas, que mais tarde foram encontradas contendo o corpo de seu marido. Ela tentou se desfazer dos restos mortais em Cotia, São Paulo, e seus dados de telefone e GPS permitiram que a polícia reconstruísse sua rota. A criação de Elize estava longe de ser típica. Criada em uma família pobre no interior, ela estudou enfermagem e, eventualmente, mudou-se para São Paulo, onde trabalhou como prostituta antes de conhecer Marcos em uma plataforma online. Elize foi presa em 4 de junho de 2012, confessou o crime e passou por um longo processo legal. Após um julgamento de sete dias, ela recebeu uma pena de 20 anos de prisão por homicídio qualificado, destruição e ocultação de cadáver. Elize afirmou que o assassinato foi resultado de anos de abuso emocional e físico, pintando um quadro de um casamento atormentado por suspeitas e disputas crescentes. Sua história ganhou ainda mais interesse público por meio de um documentário da Netflix que se aprofundou tanto no crime quanto em seu ponto de vista sobre os eventos. Em 2008, Isabella Nardoni, de cinco anos, caiu do sexto andar do apartamento de seu pai, provocando indignação nacional e um julgamento altamente divulgado. Os investigadores determinaram que a morte de Isabella não foi acidental. Evidências forenses apontaram para asfixia antes da queda, e o apartamento apresentava sinais de ter sido manipulado para sugerir um arrombamento. Seu pai, Alexandre Nardoni, e a madrasta, Anna Carolina Jatobá, foram acusados de seu assassinato. A dupla supostamente tentou encobrir seus rastros, reorganizando itens no apartamento e inventando uma história falsa para as autoridades. Após um julgamento de grande repercussão, Nardoni e Jatobá foram considerados culpados de assassinato em um dos casos de vítimas infantis mais divulgados da história brasileira. Apesar de passar anos na prisão, eles continuam negando as acusações, insistindo em sua inocência e alegando que foram falsamente acusados. Roger Abdelmassih, um ex-renomado médico de fertilidade que se tornou um estuprador em série, chocou os círculos mais ricos do Brasil com seu abuso prolongado de pacientes. Nascido em 1943, ele foi um pioneiro na fertilização in vitro, auxiliando na criação de milhares de crianças. De 1990 a 2000, Abdelmassih agrediu inúmeras pacientes enquanto elas estavam sedadas durante tratamentos de fertilidade. As vítimas revelaram mais tarde que ele explorava sua vulnerabilidade durante os procedimentos médicos, com alguns casos envolvendo a potencial inseminação de mulheres com material genético incorreto. As acusações se tornaram públicas pela primeira vez no Orkut em 2006, e em 2009 as investigações policiais se intensificaram, com mais de 60 vítimas se apresentando em três estados. Em 2010, Abdelmassih foi condenado por 37 estupros e quatro tentativas de agressão, recebendo uma pena de 181 anos. Em 2011, Abdelmassih fugiu do Brasil e viveu no Paraguai sob uma identidade falsa. Ele foi preso pela Polícia Federal em 2014. Sandrão foi notícia não apenas por seus crimes hediondos, mas também pela influência que exerceu atrás das grades. Tendo sido casada em momentos diferentes com Elize Matsunaga e Suzane von Richthofen, Sandrão ganhou infâmia dentro da Penitenciária de Tremembé, em São Paulo, onde era amplamente reconhecida como a "líder da prisão". Tanto os detentos quanto os funcionários da prisão a descreveram como uma figura dominante, alguém que controlava a hierarquia social entre os prisioneiros e estava envolvida em alianças que influenciavam a vida dentro do presídio. Seu crime foi horrível. Com apenas 20 anos, Sandra conspirou com seu namorado Valdir Ferreira Martins para sequestrar Talisson Vinicius da Silva Castro, de 14 anos, um vizinho em sua comunidade de Mogi das Cruzes. O enredo foi motivado pela inveja da casa da família do menino, que possuía dois carros e parecia abastada. O sequestro durou três dias, durante os quais Sandra desempenhou um papel enganoso, fingindo consolar a mãe do menino e falsificando a comunicação com os supostos sequestradores. No entanto, depois que a criança tentou escapar e foi recapturada, o grupo o matou com um tiro na cabeça, deixando seu corpo amarrado e escondido em um saco preto. Sandra recebeu uma pena de 27 anos de prisão, posteriormente reduzida para 24 anos devido à sua não participação direta no assassinato.
📝 Sobre este conteúdo
Esta matéria foi adaptada e reescrita pela equipe editorial do TudoAquiUSA
com base em reportagem publicada em
Dailyrecord
. O texto foi modificado para melhor atender nosso público, mantendo a precisão
factual.
Veja o artigo original aqui.
0 Comentários
Entre para comentar
Use sua conta Google para participar da discussão.
Política de Privacidade
Carregando comentários...
Escolha seus interesses
Receba notificações personalizadas