Petroleiros em Alerta: Greve Confirmada e Ato Urgente Contra a Petros!

FUP e sindicatos marcam ato nacional e prometem paralisação em novembro por ACT 2025. Entenda a luta contra os sucessivos PEDs e seus impactos nos trabalhadores.

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e seus 14 sindicatos estão organizando um ato nacional para o dia 29, em defesa dos participantes da Fundação Petrobras de Seguridade Social (Petros). O protesto ocorrerá nas bases administrativas da Petrobras em todo o país. A manifestação acontece em meio às negociações sobre o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) de 2025. A entidade sindical afirma que os funcionários da Petrobras têm sido prejudicados pelos diversos Programas de Equacionamento de Déficit (PEDs). A mobilização faz parte de uma jornada nacional convocada pelo Fórum em Defesa dos Participantes da Petros, que engloba diversas federações e associações de trabalhadores da Petrobras e suas subsidiárias (FUP, FNP, Ambep, Conttmaf e Fenaspe). Os PEDs foram implementados pela Petrobras em 2015, 2018 e 2021, com o propósito de equilibrar as finanças da Petros, o fundo de pensão dos trabalhadores do Sistema Petrobras. A FUP criticou que, na prática, os altos descontos mensais aplicados aos participantes têm reduzido significativamente o valor dos benefícios, impactando a renda e a subsistência de muitos aposentados e pensionistas. O Fórum construiu, em uma comissão quadripartite que inclui representantes da Petros, Petrobras e agentes governamentais, uma proposta consensual para resolver o problema dos equacionamentos. A proposta prevê um novo plano de Contribuição Definida (CD), com características de Benefício Definido (BD), o que zeraria o

déficit da Petros e evitaria novos equacionamentos, mediante aporte financeiro da Petrobras, via acordo judicial. A entidade ressaltou que a luta pela solução definitiva dos equacionamentos é fundamental nas negociações do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT-2025). Os sindicatos filiados à FUP iniciam, em 27 de outubro, assembleias que vão até 6 de novembro, para deliberar sobre a campanha salarial da categoria. Uma mobilização nacional está agendada para 11 de novembro, data da retomada das negociações com as empresas do sistema Petrobras. Entre os principais assuntos da pauta das assembleias estão a rejeição da contraproposta da Petrobras, apresentada em 6 de outubro, que ignora cláusulas sociais e econômicas, não apresenta solução para os equacionamentos da Petros e deixa sem resposta pontos cruciais sobre o plano de saúde (AMS), como o contrato de adesão individual. A empresa também se recusou a antecipar a reposição da inflação, propondo correção apenas nos vales refeição e alimentação, além de não se manifestar sobre temas como a incorporação dos trabalhadores das subsidiárias, Plano de Cargos, recomposição de efetivos, convocação dos concursados, redução de jornada sem corte salarial e ampliação do teletrabalho. A Petrobras informou ao Broadcast, na semana passada, que apresentou uma proposta às representações sindicais da categoria em 16 de outubro, reafirmando a manutenção dos direitos já garantidos no ACT 2023-2025, e o reajuste dos itens econômicos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) dos últimos 12 meses, que ficou em 5,13%.

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