Medo no Cinema: 'Apanhador de Almas' Chega com Elenco 100% Feminino e Promete Chocar

Klara Castanho, Duda Reis, Priscila Sol e Larissa Ferrara estrelam um terror brasileiro que explora rituais sombrios e escolhas em meio ao desconhecido. Prepare-se para o suspense!

O cinema de terror brasileiro recebe um novo impulso com o lançamento de "Apanhador de Almas", que já está em exibição nos cinemas. O filme, que apresenta um elenco totalmente feminino, acompanha a história de quatro jovens aspirantes a bruxas: Emilia (Klara Castanho), Mia (Jessica Córes), Olívia (Duda Reis) e Isabella (Priscilla Sol e Larissa Ferrara). Durante um eclipse solar, elas participam de um ritual que invoca uma entidade de outra dimensão, prendendo-as em um limbo e obrigando-as a participar de um jogo mortal. Klara Castanho compartilha sua experiência ao se aventurar no gênero: "É porque existem muitos filmes bons, mas que ainda não são referência no Brasil. Então, foi uma chance de me desafiar como atriz, de entender novas vertentes, novas possibilidades. E a oportunidade de vivenciar esse desconhecido foi o que mais me atraiu, além da história e de saber que o elenco era 100% feminino". Para Duda Reis, o filme marca sua estreia nas telonas e uma nova fase em sua carreira. "Me senti acolhida e segura. Brinco que sou multifacetada, mas consegui equilibrar tudo. Foi um desafio e uma realização", afirma ela, que também celebra a força da produção em reunir mulheres como protagonistas: "Foi um golaço em todos os sentidos". Larissa Ferrara garante que, apesar do enredo sombrio, o clima no set de filmagens foi tranquilo. "Foi harmonioso, muito focado. Não tivemos nenhuma história interessante para contar, ninguém quebrou nada, ninguém desmaiou"

, declarou. Priscila Sol, por outro lado, relembra uma situação inesperada durante as filmagens. "Gravei a cena da possessão e passei muito mal. Descobri depois que estava com Covid-19 e não pude continuar no filme. Para mim, isso foi quase sobrenatural, parecia que não era para eu fazer". Por conta da doença, ela foi substituída por Larissa Ferrara no decorrer da produção. O diretor do longa-metragem, Fernando Alonso, comenta que a locação do filme despertava muita curiosidade. "Ouvimos histórias de que a casa era usada para rituais e que moradores acreditavam que ela era mal-assombrada. Não vimos nada, mas a energia do lugar era forte", afirma. Na trama, cada amiga possui personalidades distintas. Priscila acredita que a história abordada na produção dialoga com situações reais: "A gente se vê ali em vários momentos. São personagens diferentes, mas todas representam questões que já vivemos de alguma forma". As escolhas diante do desconhecido também são exploradas. Jessica Córes fala sobre sua experiência em relação ao assunto: "Às vezes eu tenho medo, mas é isso, vamos. Então, tenho uma frase que carrego muito: 'vai com medo, mas vai'". Os diretores Fernando Alonso e Nelson Botter Jr. defendem que o filme representa mais do que uma produção de gênero, mas também um passo para fortalecer o audiovisual no Brasil. "Sou fã do gênero desde muito jovem, em parte porque ele dialoga com nosso imaginário e nos conecta com nossos próprios medos. É um tipo de filme ainda pouco desenvolvido no Brasil e no qual precisamos apostar mais", diz Alonso. "Filmes de gênero são fundamentais para o fortalecimento do cinema brasileiro, porque combinam identidade cultural com linguagem universal — ampliam nosso alcance sem perder a essência", garante Botter Jr. Os cineastas também destacam os desafios de produção: "A gente ainda enfrenta barreiras com investidores e exibidores, porque o terror não tem a mesma credibilidade que outros gêneros no Brasil. Mas acreditamos que esse mercado pode crescer muito".

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