Guilherme Derrite (PP-SP) empregou uma estratégia similar à 'Blitzkrieg', utilizada pelo exército alemão, para surpreender o governo momentos antes da votação do PL Antifacção. A equipe técnica governamental, que havia elaborado a primeira versão da proposta, ainda finalizava as correções da quinta versão do relator quando uma sexta modificação foi apresentada pelo secretário licenciado de Tarcísio de Freitas. Essa alteração foi votada e aprovada pela Câmara em menos de duas horas. A aprovação, e a forma como ocorreu, foi vista como uma derrota para o governo Lula, embora a base aliada já tivesse cedido em alguns pontos antes da votação. Aliados do presidente conseguiram remover do texto dispositivos que equiparavam facções criminosas a grupos terroristas, graças à pressão do empresariado, que temia afastar investidores estrangeiros. Contudo, ainda existem pontos sensíveis, como a disputa por recursos financeiros e a divisão de responsabilidades entre a Polícia Federal e as polícias estaduais, além de possíveis entraves para investigações judiciais. O texto chega ao Senado em um momento de tensão entre Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União-AP), chefes das duas Casas. Paralelamente, dois modelos de combate ao crime estão em confronto. Um deles, promovido pela polícia de Cláudio Castro no Rio de Janeiro, resultou na morte de 121 pessoas, sem aumentar a segurança. O outro modelo são as ações de inteligência da PF, que
Manobra Surpreendente: Entenda a Votação Relâmpago do PL Antifacção e Seus Bastidores Polêmicos
Aprovado em tempo recorde, o PL Antifacção gerou debates e acusações. Derrite usou tática de guerra, governo sofreu revés, mas conseguiu concessões. Entenda os detalhes e as disputas em jogo.
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