Laura Loomer, vista por si mesma como a última esperança para salvar a civilização ocidental, enfrentou diversas restrições em plataformas de mídia social. Ela recorreu a um megafone e chegou a cogitar tirar o carro de uma ribanceira. Em 2020, concorreu ao Congresso na Flórida, mas foi impedida de criar uma conta no Facebook ou usar o PayPal para arrecadar fundos. Derrotada por vinte pontos, ela se aprofundou em seu isolamento. Loomer acredita compartilhar uma ligação com Trump, como se ambos estivessem em um monólogo interno. Durante um memorial ao ativista de direita Charlie Kirk, ela se apresentou como a principal defensora da lealdade ao ex-presidente. Sua conta no Twitter foi reativada após a compra da plataforma por Elon Musk em 2022, e nela ela publica longas análises sobre a lealdade de funcionários da administração Trump. Em eventos públicos, Loomer se mostra discreta, mas sua presença online é intensa, com uma enxurrada de acusações e ataques, com o objetivo de expor supostos atos ilícitos e conexões suspeitas. Ela se autoatribui a responsabilidade pela demissão de dezenas de pessoas, motivada por uma mistura de desejo de proteger o país e vingança pessoal. Ela tem um bom relacionamento com a Casa Branca e, apesar de nunca ter trabalhado oficialmente para Trump, tem permissão para visitá-lo ocasionalmente. Trump a descreveu como "ótima e difícil".
No memorial, Loomer foi recebida com reverência. Ela se queixou de ser a única a identificar
aqueles que agem contra Trump. Ela havia atacado o congressista Warner após uma visita a um centro de detenção da Imigração. Warner, por sua vez, não sabia se deveria classificá-la como uma "trolladora blogueira" ou um membro oculto da administração. A interferência de Loomer em assuntos governamentais se tornou rotina. Em abril, Mike Waltz, então assessor de segurança nacional, encontrou Loomer em uma reunião no Salão Oval, onde ela apresentava informações sobre a lealdade de membros do Conselho de Segurança Nacional. Após a reunião, Trump demitiu seis membros do NSC e o general Timothy Haugh, chefe da Agência de Segurança Nacional. Loomer também queria a saída de Waltz e de sua vice, Alex Wong. Sem ter envolvimento direto, Loomer acabou sendo creditada pela demissão de Waltz. Funcionários da Casa Branca e outros em Washington são forçados a lidar com ela. Seus ataques são citados em jornais e em processos judiciais, tendo como alvos desde funcionários do governo até o Papa.
Loomer também se envolveu em outras situações, como quando postou sobre um funcionário da Alfândega e Proteção de Fronteiras que seria anti-Trump. Três dias depois, o funcionário foi demitido. Ela também criticou Lisa Monaco, do Microsoft, e exigiu a revogação dos contratos da empresa com o governo. Logo após, Trump pediu a demissão de Monaco. A influência de Loomer se estende além das questões de pessoal. Em agosto, ela questionou a entrada de crianças palestinas feridas nos Estados Unidos para tratamento médico, marcando o Secretário de Estado. Após uma conversa com Loomer, a administração suspendeu vistos de visitantes de Gaza.
A estratégia de Loomer tem sido vista como uma obsessão em identificar inimigos internos. Secretários de gabinete exigiram que seus funcionários fizessem testes de polígrafo. Um alto funcionário da administração revelou ter uma tatuagem pró-Trump. A frase "Bro, eu fui Loomered" se tornou comum em Washington. David Sacks, o czar de IA de Trump, sugeriu que críticos de IA fossem "Loomered". Trump chegou a dizer que ser "Loomered" era o fim da carreira. Loomer descreve seu trabalho como uma constante "purificação".
A infância de Loomer foi marcada por desafios, incluindo o envio a um internato. Ela se transferiu para diferentes universidades, enfrentando dificuldades em ambas. Em 2014, foi convidada para um retiro organizado por David Horowitz. Lá, ela conheceu James O'Keefe, fundador do Project Veritas, e se ofereceu para trabalhar com ele. Ela se infiltrou em protestos do Black Lives Matter, gravando conversas secretas. Depois, ela foi contratada. Ela criou um "clube ISIS" em sua universidade, sendo expulsa e banida do campus. Trump soube dos vídeos através do programa de Sean Hannity e enviou uma mensagem a O'Keefe. Loomer se tornou um alvo de Clinton em 2016, infiltrando-se em eventos e filmando Huma Abedin. Em 2017, ela confrontou Clinton em um evento de lançamento de livro. Após ser banida do Twitter por postagens consideradas discurso de ódio, Loomer se sentiu destruída. Ela organizou protestos e foi presa por se acorrentar à sede do Twitter. Ela foi banida de outras plataformas. Em 2019, ela organizou um protesto na casa de Nancy Pelosi, expondo fotos de pessoas mortas por imigrantes. Ela afirma que Trump se inspirou em sua ação. Loomer foi vista como uma ferramenta para construir um grupo fora do establishment. Em 2020, ela foi candidata ao Congresso, com o apoio de Karen Giorno e doadores do MAGA, mas perdeu a eleição. Em sua segunda tentativa, Trump não a apoiou, e ela perdeu novamente. Loomer se considera uma aliada de Trump, vendo suas lutas como interligadas. Ela tem sido comparada a figuras como Rasputin e Joseph McCarthy.
Loomer acredita que está "manifestando" seu papel e que sua influência reside no poder percebido. Ela é vista como uma ferramenta de grupos com interesses específicos. Alguns clientes contrataram Loomer para postar em seus nomes. Ela foi acusada de ser financiada pela Sarepta Therapeutics para atacar um cientista. Loomer também foi criticada por suas ações em relação à crise de Porto Rico. Ela é acusada de receber pagamentos por meio de intermediários. Ela frequentemente se envolve em questões obscuras que interessam apenas a lobistas. Ela nega ser uma marionete e afirma ter suas próprias opiniões. Loomer tem uma relação complexa com a mídia conservadora. Ela se descreve como uma "sobrevivente", criticando seus colegas e defendendo Trump. Ela sugere que está pronta para "revelar histórias". Ela compartilha rascunhos de seus posts com seu namorado. Ela frequentemente se mantém conectada em seu celular. Ela encerrou a entrevista, focando em suas atividades e em seu futuro.
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Esta matéria foi adaptada e reescrita pela equipe editorial do TudoAquiUSA
com base em reportagem publicada em
Newyorker
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