João de Melo, figura marcante da literatura portuguesa, comemora cinco décadas de carreira com o lançamento de um livro de contos e um diário. O autor de "Gente Feliz com Lágrimas", obra que aborda a Guerra Colonial, não hesita em classificar a descolonização como uma "tragédia". Em entrevista ao programa Ensaio Geral da Renascença, o escritor, nascido nos Açores, lamenta a persistente pobreza que assola a região, questionando o destino dos açorianos.
Com o lançamento de "A Nuvem no Olhar", um livro de contos, e "Novas Fases da Lua", um diário, o autor reflete sobre a natureza "penosa" da escrita e os seus temas recorrentes. Revela a falta de um livro sobre Lisboa, cidade que o acolheu. Ao longo de sua trajetória, a escrita de Melo navegou entre romance, poesia e conto, e agora, com a publicação de seus diários (2017-2024), ele compartilha suas observações sobre o mundo, transcendendo a ficção. Os diários, que registram eventos como conflitos no Médio Oriente e incêndios em Portugal, funcionam como um espaço de reflexão e testemunho.
Melo descreve a escrita como uma "tribuna", um espaço de expressão íntima, onde se expõe sem reservas. Ele ressalta que, embora alguns vejam sua ficção como autobiográfica, o diário é a expressão mais direta do cotidiano e do modo de ver o mundo. O escritor enfatiza a importância da linguagem e como ela se adapta aos diferentes temas abordados, seja uma cena social ou uma tragédia.
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João de Melo Revela: 50 Anos de Carreira, Tragédia da Descolonização e o Livro que Deve a Lisboa
Em celebração aos 50 anos de escrita, João de Melo lança livro e diário. Fala sobre a descolonização, a pobreza nos Açores e o livro que 'deve' a Lisboa.

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