Vinte anos após a construção de casas para realojar famílias ciganas em Beja, a realidade no bairro das Pedreiras se deteriorou. Mais de cem barracas foram erguidas ao lado das moradias originais, abrigando mais de mil pessoas, incluindo crianças. A maioria dos adultos está desempregada e a comunidade sobrevive sem acesso a água encanada ou eletricidade. A lavagem de roupas e os banhos são feitos com uma única torneira, localizada na entrada do terreno. A apenas dez minutos do centro de Beja, o bairro se assemelha a um lixão a céu aberto, escondido por muros e cercas. Desde 2016, a situação se agravou, com o número de barracas dobrando. Morar em meio a ratos, cobras e esgoto é o cotidiano dos moradores. Jovens da comunidade buscam água em garrafões para suas famílias, enquanto crianças brincam em meio ao lixo. Luís, líder da comunidade, descreve a situação como uma vergonha, com a falta de coleta de lixo agravando o problema. A Câmara Municipal chegou a planejar a instalação de contêineres, mas a medida não foi implementada, e os moradores se viram obrigados a descartar o lixo em outras áreas. A discriminação é uma constante, com muitos ciganos relatando dificuldades em encontrar trabalho. Damião, morador do bairro desde 2006, relata ter sido recusado em diversas oportunidades por ser cigano. Maria Laura, também residente, enfrenta a depressão devido à falta de oportunidades. Manuel, outro morador, sonha com uma vida melhor para sua família
Exclusivo: Ciganos Esquecidos no Lixo Revelam Desespero em Beja e o Silêncio das Autoridades
Em Beja, mais de mil pessoas vivem em condições precárias, sem água e luz, em meio ao lixo. A comunidade cigana clama por ajuda enquanto as eleições se aproximam.

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