Dólar em Queda! Focus, Haddad, Shutdown e Ata do Copom Agitam o Mercado

Dólar recua com expectativas do mercado e notícias do cenário econômico. Ibovespa bate novo recorde, enquanto investidores aguardam decisões importantes.

O dólar iniciou a semana em baixa nesta segunda-feira (10/11), influenciado pelos dados do Relatório Focus e pela expectativa da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). O mercado também acompanha as declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que cumpre agenda em São Paulo e concederá entrevista à CNN Brasil. No cenário internacional, a atenção se volta para o possível fim do shutdown nos Estados Unidos. Às 9h25, a moeda americana apresentava queda de 0,5%, sendo negociada a R$ 5,309. Na sexta-feira (7/11), o dólar encerrou a sessão em baixa de 0,22%, cotado a R$ 5,336. Com isso, a moeda acumula perdas de 0,81% em novembro e de 13,65% frente ao real em 2025. As negociações do Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores do Brasil (B3), começam às 10 horas. No último pregão, o índice subiu 0,47%, atingindo 154 mil pontos, marcando o décimo recorde consecutivo, a maior sequência desde 1994. No mês, a Bolsa brasileira acumula ganhos de 3,02% e, no ano, de 28,08%. O Relatório Focus, divulgado pelo Banco Central (BC), é o principal destaque da semana, reunindo as projeções do mercado financeiro sobre a economia brasileira. Após cinco revisões seguidas, o mercado manteve a projeção de inflação para 2025 em 4,55% ao ano. A meta para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é de 3%, com intervalo de 1,5% a 4,5%. Mesmo com a redução na estimativa, os analistas preveem que a inflação ultrapasse

o teto da meta. O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deverá crescer 2,16%, conforme projetado na semana anterior. Para 2026, a previsão de crescimento se manteve em 1,78%. Em 2027, a estimativa passou de 1,9% para 1,88%. Em 2024, o PIB brasileiro registrou alta de 3,4%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A projeção para a Selic foi mantida em 15% ao ano em 2025. Nesta semana, a ata da última reunião do Copom será divulgada, revelando as decisões sobre a taxa básica de juros (Selic), que se mantém em 15% ao ano. A ata será divulgada na terça-feira (11/11). A taxa Selic é o principal instrumento do BC para controlar a inflação. Atualmente, a taxa de juros no Brasil, de 15% ao ano, é a maior em quase duas décadas, desde 2006, e o país é o vice-líder em taxas reais de juros no mundo. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está em São Paulo, onde concederá entrevista à CNN Brasil. Na semana anterior, Haddad defendeu a queda da Selic. “Não tem como manter 10% de juro real, já que a inflação é de 4,5%”, alertou Haddad, criticando os juros altos. “Podemos terminar o mandato com indicadores econômicos muito superiores. Não precisamos pagar juros tão altos. Isso afeta até a capacidade de produção do país”, afirmou. Nos EUA, cresce a expectativa pelo fim do shutdown, com um grupo de senadores democratas apoiando um possível acordo para garantir o financiamento de alguns departamentos governamentais. No primeiro dia de negociações da Bolsa, serão divulgados balanços financeiros de empresas brasileiras, como Natura, Hidrovias do Brasil, Itaúsa, MRV Engenharia e Sabesp.

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