Lana Ponting, hoje com 82 anos, recorda-se do odor medicinal como a primeira memória do Instituto Allan Memorial, um antigo hospital psiquiátrico em Montreal, Canadá. Em abril de 1958, com 16 anos, foi internada por ordem judicial, supostamente para tratamento de "desobediência". Ela descreve o local como algo que não se assemelhava a um hospital. Lá, tornou-se uma das milhares de pessoas usadas em experimentos secretos da CIA, a agência de inteligência dos Estados Unidos, focados em controle da mente, o projeto MK-Ultra, durante a Guerra Fria. A jovem começou a ter problemas com os pais, fugindo de casa e saindo com amigos que desaprovavam, após a família se mudar de Ottawa para Montreal. O juiz a enviou para o Allan, onde se tornou participante involuntária de testes com drogas psicodélicas como LSD, eletrochoques e técnicas de lavagem cerebral, sem consentimento. Mais de 100 instituições, incluindo hospitais, prisões e escolas nos EUA e Canadá, estiveram envolvidas. Em uma das experiências, o investigador Ewen Cameron, da Universidade McGill, drogava pacientes e os fazia ouvir gravações repetidamente, em um processo chamado "exploração". A frase "És boa menina, és má menina" era repetida incessantemente, uma forma de "condução psíquica", segundo a pesquisadora Jordan Torbay. Os médicos manipulavam as mentes dos pacientes com comandos verbais, explorando também os efeitos de medicamentos para dormir, privação sensorial e coma induzido. Registros
CIA: Vítima de Experiências Secretas aos 16 Anos Processa Agência Após Décadas de Sofrimento
Lana Ponting foi cobaia em testes de controle mental da CIA no Canadá. Agora, busca justiça por traumas e problemas de saúde mental que a acompanham há anos.
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