Chocou a Web! Jovem é Condenado por Tentativa de Homicídio Após se Vangloriar do Crime em Vídeo

O Tribunal Judicial de Leiria sentenciou um jovem a cinco anos e três meses de prisão por tentativa de homicídio, crime do qual se gabou em um vídeo publicado na internet. O réu, de 19 anos, também foi condenado a pagar à vítima, um homem de 27 anos, 25 mil euros por danos morais e 1.900 euros por danos materiais. Além disso, o jovem, que estava sujeito à medida de obrigação de permanência na habitação com vigilância eletrônica, terá que pagar cerca de 28 mil euros às unidades locais de saúde da Região de Leiria e de Coimbra. O caso ocorreu em 31 de agosto de 2024, por volta das 6h00, quando a vítima e mais três pessoas, incluindo uma mulher, se dirigiam a pé para uma rua no centro histórico de Leiria. A mulher encontrou outra com quem tinha desavenças e iniciaram uma briga, envolvendo-se em agressões mútuas. A vítima interveio para separá-las, momento em que o réu chegou, a pé, e começou a gritar. De acordo com a decisão do tribunal, os dois homens iniciaram uma discussão e trocaram socos. Durante a luta, o réu, com uma navalha, desferiu 17 golpes em várias partes do corpo da vítima, fugindo em seguida. Após o crime, o réu fez um vídeo, exibindo-se pelo que fez e mostrando a navalha usada, vídeo que divulgou na internet. A vítima foi levada ao Hospital de Santo André, em Leiria, e posteriormente transferida para uma unidade hospitalar em Coimbra. O colegiado de juízes considerou que a conduta do réu colocou a vida da vítima em perigo

e que a morte só não ocorreu devido à rápida assistência médica. Para o tribunal, o jovem, sem histórico criminal, “agiu com o objetivo de tirar a vida” da vítima, o que não conseguiu por razões alheias à sua vontade. Em julgamento, o réu alegou que usou a navalha para se defender, justificativa que não foi aceita pelos juízes, pois o jovem “poderia simplesmente ter deixado o local”, mas “escolheu ficar e responder ao soco com golpes de navalha”, introduzindo uma “desproporção de meios” a seu favor. O réu foi acusado de tentativa de homicídio qualificado, mas foi absolvido, com o tribunal ressaltando que o motivo do crime não foi comprovado. O tribunal considerou que o réu “não vê grande ilicitude na sua conduta, pelo que não se permitiu demonstrar arrependimento”. O vídeo feito logo após o crime demonstra “total ausência de autocensura”, pois “se gaba do feito”, afirmou o tribunal, que rejeitou a aplicação do regime que permite a atenuação especial da pena para jovens. No final da leitura do acórdão, o presidente do colegiado de juízes reconheceu que o réu “não teve uma vida muito fácil”, mas que este “não é um bom caminho”. O magistrado judicial disse ainda ao jovem que, se cumprir a pena de prisão, o tempo na prisão o ajudará a “pensar para reorientar a sua vida”. Em 18 de setembro de 2024, a Polícia Judiciária (PJ) anunciou a detenção do jovem, então com 18 anos. Na ocasião, a PJ explicou que a vítima, “ferida com gravidade em diversas áreas vitais do corpo, com recurso a arma branca”, correu risco de vida. Segundo a PJ, após o crime, “o suspeito usou seu próprio celular para produzir um vídeo no qual se gabava dos fatos e que veio, inclusive, a divulgar via Internet“.

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