Alerta! Mais de 67% dos Adultos na América Latina Lutam Contra a Obesidade: Entenda a Crise!

A obesidade avança na América Latina, ameaçando a saúde pública e a produtividade. Descubra os fatores por trás dessa epidemia e as soluções em andamento.

A obesidade se estabeleceu como uma das principais ameaças à saúde pública na América Latina e no Caribe, impactando negativamente o bem-estar, a produtividade e a sustentabilidade dos sistemas de saúde. De acordo com o World Obesity Atlas 2025, 67,5% dos adultos na América Latina e 37,6% das crianças e adolescentes entre 5 e 19 anos estão acima do peso ou obesos. O Chile lidera a região, com 42% dos adultos acima de 20 anos classificados como obesos, seguido pela Argentina com 39% e Paraguai e Uruguai com 36%. Em termos de índice de massa corporal (IMC), o Chile também se destaca, com 83% dos adultos enquadrados nas categorias de sobrepeso ou obesidade, seguido por Argentina, Paraguai e Peru, com 73%. A crescente prevalência da obesidade na América Latina é atribuída a uma combinação de fatores estruturais e comerciais. O relatório aponta que os sistemas alimentares da região mudaram para dietas dominadas por alimentos ultraprocessados e bebidas açucaradas. A venda desses produtos é impulsionada pela expansão de grandes corporações que investem bilhões em publicidade direcionada, inclusive para crianças e adolescentes. Essa tendência reduziu o consumo de alimentos frescos e de produção local, criando um ambiente que favorece o excesso de peso e a obesidade desde cedo. O Atlas alerta que cidades mal planejadas e sistemas de saúde despreparados estão agravando o problema. Cidades com poucos espaços para atividades físicas e sistemas de saúde mal

equipados para prevenir ou tratar a obesidade contribuem para que mais de dois terços dos adultos da região vivam com excesso de peso. Além disso, o estigma social e o preconceito médico em relação às pessoas com obesidade persistem, limitando o acesso a cuidados adequados. Carlos Olivares, médico especialista em obesidade, afirmou que a falta de educação da população sobre nutrição e saúde também explica o problema. "Na América Latina, junk food tem dois grandes aliados: o baixo poder de compra de milhões que a veem como uma opção acessível e a falta de tempo para cozinhar. Isso cria ambientes familiares ideais para a obesidade", disse Olivares. O Atlas observa que apenas 7% dos países em todo o mundo têm sistemas de saúde preparados para lidar com essa condição. Na América Latina, dois terços dos países não implementaram sequer duas das cinco políticas-chave: impostos sobre bebidas açucaradas, subsídios para alimentos saudáveis, restrições à publicidade, promoção da atividade física e regulamentação de gorduras e açúcares, de acordo com o Atlas. A Organização Mundial da Saúde e a Organização Pan-Americana da Saúde alertaram que a região apresenta a maior prevalência de obesidade do mundo. Desde 1990, as taxas de sobrepeso em adultos aumentaram 52%, e as projeções indicam que podem atingir 73,2% até 2030. Para enfrentar a crise, a OMS está promovendo o Plano de Aceleração para Parar a Obesidade, aprovado na 75ª Assembleia Mundial da Saúde. Nove países latino-americanos estão participando como pioneiros: Argentina, Barbados, Brasil, Chile, México, Panamá, Peru, Trinidad e Tobago e Uruguai. As nações participantes visam reduzir a prevalência da obesidade infantil e adulta por meio de medidas multissetoriais. O World Obesity Atlas 2025 projeta que, até 2030, cerca de três em cada quatro adultos nas Américas - América Latina, Caribe e América do Norte - terão um IMC alto: 73% dos homens e 75% das mulheres. Essa é uma das maiores taxas de qualquer região da OMS. A região também está entre aquelas com mais mortes prematuras e anos vividos com má saúde ligados ao IMC alto, devido ao diabetes tipo 2, doença cardíaca isquêmica, derrames e certos tipos de câncer.

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