Adeus, Brooklyn Mirage! Casa de shows icônica é demolida após promessa de retorno em 2026

O Brooklyn Mirage, um famoso espaço de shows em East Williamsburg, está prestes a ser demolido, meses após anunciar uma reabertura. Falhas financeiras e problemas de segurança levaram ao fim do local.

O Brooklyn Mirage, uma casa de shows ao ar livre de 32.000 pés quadrados em East Williamsburg, Brooklyn, será demolido devido a dificuldades financeiras contínuas e uma tentativa de retorno fracassada neste verão, de acordo com as licenças de demolição. O local de música sazonal faz parte do complexo Avant Gardner de 80.000 pés quadrados, que também abriga The Great Hall e Kings Hall – ambos locais internos com shows agendados até 6 de dezembro. A demolição "completa" deve custar US$ 1,5 milhão, conforme relatado pelo The Real Deal. Um pedido de comentário da empresa controladora Avant Gardner não foi respondido imediatamente. A notícia surge depois que a Avant Gardner anunciou em julho que pretendia vender o local – que não cumpriu o prazo de inspeção antes de sua abertura planejada em maio, após uma grande reforma. O Departamento de Edificações revogou o certificado de ocupação temporária do local poucos dias antes de sua abertura prevista, que contaria com artistas como Sara Landry, Alesso e Peggy Gou. A agência teve várias objeções "tanto de segurança quanto de natureza técnica", escreveu o DOB na época, de acordo com o Brooklyn Paper. Alguns desses problemas incluíam requisitos de acessibilidade inadequados, banheiros e sprinklers automáticos. "Da base questionável [do local] à grande treliça em seu zênite, de seus mezaninos em balanço a suas paredes externas, era potencialmente instável, combustível, ilegal e inadequado para

colocar 6.000 pessoas", disse o comissário de edifícios Jimmy Oddo em um comunicado. A empresa controladora entrou com pedido de falência do Capítulo 11 em agosto, chamando o fechamento do Mirage de "catastrófico" para as finanças da empresa em documentos judiciais. Os registros de falência mostram que o local deve a vários fornecedores mais de US$ 10 milhões, incluindo US$ 1,8 milhão para a DJ Black Coffee Entertainment, da África do Sul. "A decisão de entrar com pedido de recuperação judicial do Capítulo 11 segue vários meses de dificuldades financeiras, culminando com a Avant Gardner sendo incapaz de abrir seu recém-construído espaço de eventos Mirage para a temporada de 2025", disse a empresa em um comunicado público, acrescentando que estava determinada a "estabilizar" suas finanças e "trazer o Mirage de volta para 2026 e além". "Há dois meses, fui contratado como CEO para reconstruir a cultura da empresa e reverter o negócio", disse o CEO Gary Richards na mesma época. "Acredito que esta reestruturação do Capítulo 11 é o caminho mais viável a seguir." O Brooklyn Mirage enfrentou uma série de más notícias nos últimos anos, depois que dois ravers foram encontrados mortos perto do local em 2023. Os casos separados envolveram frequentadores de shows que deixaram a área isolada. A empresa controladora está agora vendendo seus ativos para uma "afiliada" do credor da empresa, de acordo com The Real Deal (a empresa tem até US$ 500 milhões em passivos e no máximo US$ 100 milhões em ativos). Uma audiência para a venda está marcada para 22 de outubro.

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