Urgente! Rússia Importa 12 Mil Trabalhadores da Coreia do Norte para Produzir Drones Shahed: O Que Isso Significa?

Moscovo intensifica a cooperação com Pyongyang e importa mão de obra norte-coreana para impulsionar a produção de drones Shahed, intensificando a guerra na Ucrânia. Saiba mais!

A inteligência militar ucraniana (HUR) revelou que a Rússia planeia importar até 12 mil trabalhadores norte-coreanos para aumentar a produção de drones Shahed de longo alcance na Zona Económica Especial de Alabuga, no Tartaristão. Segundo o ‘Kyiv Post’, esta operação surge num momento em que a indústria russa enfrenta dificuldades devido às necessidades da guerra na Ucrânia. O Tartaristão, conhecido pelas suas zonas industriais e situado na região do Volga, tornou-se um centro estratégico para a montagem dos drones Shahed/Geran, usados em ataques frequentes contra cidades e infraestruturas civis ucranianas. A previsão é que os trabalhadores enviados por Pyongyang cheguem a Alabuga até ao final de 2025. De acordo com o ‘Kyiv Post’, funcionários do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo reuniram-se no final de outubro com representantes da empresa norte-coreana Jihyang Technology Trade Company, responsável pela seleção e envio de mão de obra. As conversas centraram-se na transferência dos trabalhadores e nas condições de emprego. A HUR indica que cada trabalhador deverá receber cerca de 2,5 dólares por hora e cumprir turnos de 12 horas, um padrão que reflete o modelo de exportação de mão de obra controlado pelo Estado norte-coreano. Para Kiev, esta colaboração demonstra o esforço de Moscovo para contornar a escassez de mão de obra e fortalecer os laços políticos e militares com Pyongyang. A Ucrânia tem alertado para o crescente

apoio da Coreia do Norte ao esforço de guerra russo, através do envio de munições, tecnologia e até tropas. Kim Jong-Un afirmou recentemente que o país registou um aumento significativo de jovens interessados em ingressar nas forças armadas, após o envio de milhares de soldados norte-coreanos para a região de Kursk. Em 2024, surgiram relatos de que Pyongyang poderia fornecer entre 50 a 100 unidades de equipamento militar, incluindo tanques M2010 e veículos blindados BTR-80. O chefe do HUR, Kyrylo Budanov, estima que a Coreia do Norte já fornece cerca de 40% da munição de 122 mm e 152 mm utilizada pelo exército russo, produzida de forma contínua. Alguns sistemas enviados inicialmente mostraram desempenho inferior, mas foram posteriormente modificados, tornando-se mais eficazes. Entre eles está o míssil KN-23 modernizado, com alcance de 690 quilómetros, cuja precisão aumentou consideravelmente após ajustes russos. A presença norte-coreana na guerra intensificou-se no último ano. Estimativas de inteligência sugerem que pelo menos 10 mil soldados norte-coreanos foram enviados para a frente, onde participaram em combates contra a Ucrânia. Em regiões ocupadas como Donetsk e Lugansk, Moscovo terá ainda planeado o emprego de cidadãos norte-coreanos em trabalhos de construção, numa tentativa de solucionar a crise laboral agravada pelo conflito. No outono de 2024, um ataque ucraniano com mísseis a posições russas perto de Donetsk causou a morte de mais de 20 militares, incluindo seis oficiais norte-coreanos que estavam no local para reuniões com homólogos russos. Outros três ficaram feridos. A crescente colaboração, fortalecida após encontros entre Vladimir Putin e Kim Jong-Un, estende-se também à esfera diplomática, com Pyongyang a concordar em abrir missões em Donetsk e Luhansk. Para Kiev, esta aproximação confirma uma parceria estratégica entre duas ditaduras que, na prática, prolonga e intensifica a guerra no leste europeu.

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