Urgente! Investimento em Energia Renovável Bate Recorde, Mas Há um Sinal de Alerta!

apresentado um aumento. A distribuição regional, contudo, permanece bastante desigual. Cerca de 90% de todo o investimento em tecnologias de transição energética foi direcionado a economias avançadas e à China. Os países em desenvolvimento continuam dependentes de financiamento externo, limitado por mercados financeiros menos desenvolvidos, altos custos de capital e vulnerabilidade da dívida. Dessa forma, para muitos desses países, a transição energética continua financeiramente inacessível, conforme destacam os analistas. Francesco La Camera, diretor-geral da IRENA, alerta que a excessiva dependência de capital com foco em lucro está deixando para trás as economias mais frágeis. Ele defende que o setor público deve assumir um papel mais ativo quando o investimento privado não é suficiente, com apoio em cooperação bilateral e multilateral e instrumentos de mitigação de risco que viabilizem projetos renováveis em mercados mais desafiadores. O relatório também chama a atenção para as cadeias de fornecimento da transição energética. A China continua a dominar o investimento em instalações de fabricação de tecnologias solares, eólicas, de baterias e de hidrogênio, concentrando 80% do investimento global entre 2018 e 2024. No entanto, novas fábricas começam a surgir fora das economias avançadas, em uma tentativa de diversificar a produção e os benefícios socioeconômicos. No geral, o investimento em fábricas dedicadas a equipamentos solares, eólicos, de baterias e de hidrogênio caiu 21% em 2024, refletindo uma redução acentuada na cadeia fotovoltaica. Em contrapartida, o investimento em fábricas de baterias quase duplicou, atingindo 74 mil milhões de dólares, impulsionado pela crescente demanda por armazenamento para redes elétricas, veículos elétricos e centros de dados. Para a IRENA, a evolução recente demonstra que o mundo está investindo mais, mas não de forma equilibrada nem no ritmo necessário. A agência argumenta que novas políticas de apoio, mecanismos financeiros adequados e cooperação internacional reforçada serão essenciais para que a transição energética seja verdadeiramente global e não apenas um fenômeno das economias mais desenvolvidas.