A defesa do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, apresentou um recurso de embargos de declaração ao Supremo Tribunal Federal (STF), contestando a condenação imposta pela Primeira Turma na ação penal que investiga a tentativa de golpe de Estado. Os advogados alegam que houve uma 'distorção de provas' e erros na avaliação dos fatos. A defesa argumenta que a acusação cometeu equívocos ao afirmar que Torres se reuniu com agentes de inteligência e participou de encontros golpistas, contrariando depoimentos de testemunhas e registros oficiais. Segundo os advogados, o ex-ministro agiu para evitar os ataques de 8 de janeiro. O recurso também aponta omissões em relação a perícias de mensagens e diligências junto à Meta, consideradas cruciais para comprovar suas comunicações com autoridades de segurança pública. Além dos embargos de declaração, a defesa planeja apresentar embargos infringentes. No entanto, o STF entende que esse recurso só é válido se houver pelo menos dois votos pela absolvição, o que não se aplica ao caso de Torres. Após os embargos de declaração, os réus ainda podem recorrer uma segunda vez antes do trânsito em julgado, que marca o início da execução da pena.