Urgente! Campanha Salva Mais de 100 Mil Aves Incríveis nos Açores: Veja Como!

Descubra a história emocionante por trás da campanha que protege os cagarros, aves icônicas dos Açores, e como você pode ajudar a salvar essas criaturas marinhas!

Desde 1995, a campanha SOS Cagarro tem sido fundamental na proteção dessas aves marinhas nos Açores, tendo resgatado mais de 100 mil exemplares. O cagarro, ave emblemática da região e uma das mais antigas do planeta, é alvo de um esforço conjunto que envolve o Governo Regional, diversas associações e cidadãos. Em 2024, quase 6.400 aves foram resgatadas, demonstrando a importância contínua da iniciativa. A campanha, que se estende por 30 anos, mobiliza cidadãos e entidades no resgate dessas aves, com a próxima edição começando na quarta-feira e indo até 15 de novembro. O foco deste ano é intensificar o envolvimento da população, através de ações de conscientização, visando aumentar o conhecimento sobre essa ave e incentivando a participação no resgate. Caixas de recolha, disponibilizadas em locais como esquadras da Polícia de Segurança Pública (PSP) e quartéis de bombeiros, oferecem um abrigo seguro para as aves desorientadas pela iluminação artificial, especialmente durante os primeiros voos noturnos. As caixas possuem um código QR para fornecer informações sobre o resgate e identificar áreas de maior incidência de quedas. Além disso, uma linha telefónica (800 292 800) e cerca de 74 postos de recolha, os chamados “hotéis do cagarro”, estão disponíveis para auxiliar no processo. As aves resgatadas são libertadas na manhã seguinte, após serem pesadas e anilhadas pelas brigadas do Parque Natural. A campanha também promove brigadas

noturnas e ações educativas em escolas e bibliotecas. A iniciativa SOS Cagarro nasceu a partir de uma ideia do cientista Luís Monteiro (1962-1999), com o objetivo de preservar essa ave marinha, que nidifica nos Açores em 75% da população mundial. O diretor regional de Políticas Marítimas, Rui Martins, ressalta a importância do envolvimento da comunidade e o sucesso da ciência regional. A campanha também permite monitorizar o nível de microplásticos no oceano, uma vez que o cagarro foi reconhecido internacionalmente como bioindicador. A inclusão do cagarro como bioindicador é motivo de orgulho, reconhecendo o trabalho da campanha. Em 2024, além dos resgates, foram recolhidas 230 aves mortas, que foram submetidas a necropsias para análise do conteúdo gástrico, revelando a presença de microplásticos. A Convenção OSPAR, que visa proteger o meio marinho do Atlântico Nordeste, reconheceu o cagarro como o segundo bioindicador da região, juntando-se ao fulmar. O cagarro ingere microplásticos através da alimentação, permitindo aos cientistas avaliar a poluição oceânica. A campanha de salvamento ocorre quando as aves deixam o ninho pela primeira vez, alimentando-se de uma “papa” feita pelos pais, que contém microplásticos. Um estudo de 2023, com participação da Universidade dos Açores, identificou os cagarros, o painho-de-monteiro e o painho-da-madeira como espécies expostas aos riscos do plástico marinho. Na página do Governo Regional dos Açores, o cagarro é descrito como uma ave marinha que passa a maior parte da vida no mar, voltando à terra apenas para reprodução.

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