URGENTE! Belga assume comando artístico do CCB: Mudanças radicais à vista?

Serge Rangoni, diretor do Teatro de Liège, assume a direção artística do CCB em 2026. Saiba o que esperar e como isso impactará o futuro das artes performativas em Lisboa.

O gestor e encenador belga Serge Rangoni, atualmente à frente do Teatro de Liège, foi nomeado o novo diretor artístico das artes performativas do Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa. A informação foi divulgada pela instituição em um comunicado. A decisão, tomada por unanimidade pelo conselho de administração do CCB, liderado por Nuno Vassallo e Silva, baseou-se na qualidade e na visão estratégica apresentadas na candidatura de Rangoni. Ele assumirá o cargo em 2 de fevereiro de 2026, para um mandato de quatro anos, conforme anunciado. A escolha de Rangoni, que substituirá Aida Tavares, também considerou sua vasta experiência como diretor artístico e gestor cultural, adquirida no Teatro de Liège e no Museu de Arte Contemporânea do Grand-Hornu, em Mons. Com uma carreira consolidada em importantes instituições culturais e governamentais na Bélgica e na Europa, Serge Rangoni foi vice-secretário do ministro da Cultura belga (1997-1999) e presidente do conselho de administração da Convenção Europeia de Teatros (ETC) entre 2017 e 2023. Sob sua direção, o Teatro de Liège coordenou a Prospero, uma rede europeia que reúne teatros, festivais e instituições culturais dedicadas à coprodução e circulação internacional de artistas e obras, da qual o CCB é membro fundador. O conselho de administração justificou a escolha destacando a consistência e a ambição da proposta programática de Rangoni, que promove o cruzamento entre disciplinas artísticas

e valoriza a singularidade dos espaços do CCB. A intenção é reforçar o papel do CCB como um dos principais centros europeus de criação e difusão artística. O processo de seleção incluiu um concurso internacional lançado em junho, seguido por uma fase de pré-seleção por um júri externo, que escolheu três candidatos para entrevistas com o conselho de administração. O CCB também ressaltou a sólida formação e a presença ativa de Rangoni no meio acadêmico, esperando que ele traga uma forte capacidade de liderança e comunicação, baseada no envolvimento das equipes e no diálogo com os agentes culturais. Citado no comunicado, Serge Rangoni afirmou que o cargo no CCB representa a oportunidade de colocar em prática uma visão que prioriza a exigência artística, a abertura europeia e o enraizamento territorial, com o objetivo de promover o diálogo entre a criação lusófona e os olhares internacionais. Ele planeja aprofundar as sinergias entre as artes performativas e as artes visuais, buscando construir temporadas que interliguem e reforcem essas áreas. A abertura do concurso ocorreu após Aida Tavares ter revelado ao jornal Expresso que havia sido demitida do cargo em dezembro de 2023. A demissão de Aida Tavares, seguida pela demissão da Comissão de Trabalhadores, agravou a situação no Centro Cultural, após a exoneração da presidente Francisca Carneiro Fernandes, no final de 2024, o que gerou diversas audiências parlamentares.

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