O Ministro do Turismo, Celso Sabino, reafirmou sua determinação de permanecer no cargo, descrevendo uma possível saída como um ato de “covardia”. Essa decisão contradiz as orientações do União Brasil, seu partido, e agrava a tensão política, com a ameaça de expulsão do ministro da legenda. Durante um evento em Belém do Pará, Sabino destacou a relevância de sua atuação no ministério, especialmente com a iminência da COP 30, que será realizada na capital paraense no próximo mês. O Pará é a base eleitoral do ministro, e há rumores de que ele ambiciona uma vaga no Senado em 2026, utilizando o evento como plataforma para sua candidatura. O União Brasil, por sua vez, mantém sua posição de alerta. Sabino está suspenso por 60 dias, e a liderança do partido avalia seu futuro. A legenda, que não apresenta uma unidade programática ou ideológica clara, com facções que apoiam o governo e outras de oposição, enfrenta um dilema. Especialistas em política indicam que a decisão de Sabino é uma combinação de dedicação ao trabalho e estratégia eleitoral. O ministro do turismo, sendo do Pará e atuando na organização da COP 30, obteria ganhos políticos significativos ao permanecer no cargo durante o evento.