Nobel de Física Choca o Mundo: Cortes de Trump Vão Acabar com a Ciência nos EUA?

Era por volta das 2 da manhã quando John Clarke recebeu a notícia que mudaria sua vida: ele havia sido premiado com o Nobel de Física. O cientista britânico, professor da Universidade de Berkeley, nos Estados Unidos, descreveu o momento como surreal, especialmente quando ouviu uma voz da Suécia confirmar a honra. Clarke, que conquistou o prêmio juntamente com Michel Devoret e John Martinis, por suas contribuições no campo da mecânica quântica, confessou ter ficado atordoado. Ele compartilhou suas reflexões sobre a importância do financiamento para a pesquisa, destacando os recursos que teve à disposição em seu trabalho há quatro décadas, como laboratórios e assistentes. Clarke expressou grande preocupação com as políticas do ex-presidente Donald Trump, que incluem cortes orçamentários e demissões de cientistas, classificando-as como um “problema imensamente grave”. Ele alertou que essas medidas podem “paralisar grande parte da pesquisa científica nos Estados Unidos”, e que levaria uma década para a ciência americana se recuperar. A ganhadora do Nobel de Medicina, Mary Brunkow, também enfatizou a relevância do financiamento público para a pesquisa científica. Os experimentos dos laureados com o Nobel de Física deste ano foram realizados nos anos 1980, abrindo caminho para aplicações reais do universo quântico. A mecânica quântica estuda o comportamento da matéria e da energia em escalas minúsculas, como o “efeito túnel”, onde