Nobel da Paz Para Neto? A Polêmica Decisão e a Busca por Reconhecimento Póstumo

A atribuição do Prêmio Nobel da Paz a María Corina Machado, por sua atuação em prol da democracia na Venezuela, gerou controvérsia. No entanto, em Angola, a discussão se volta para a possibilidade de um reconhecimento póstumo a António Agostinho Neto, figura emblemática do país. A iniciativa, liderada pelo MPLA, visava homenagear o antigo líder, com a alternativa de João Lourenço, atual presidente, caso Neto não fosse contemplado. O histórico de Neto, incluindo o Prêmio Lênin da Paz, é lembrado. Sua formação literária e poesia de alta qualidade, comparada a grandes nomes da literatura portuguesa, são destacadas. Luísa Damião, vice-presidente do MPLA, incentivou estudos sobre a vida e obra de Neto, visando o reconhecimento internacional. A importância de Neto na "desnazificação" do MPLA e sua influência na história angolana são enfatizadas. Damião também ressaltou a tradução das obras de Neto em diversas universidades ao redor do mundo. Historiadores e figuras políticas, como Rosa Cruz e Silva e Roberto de Almeida, destacam o legado de Neto como defensor da justiça social e símbolo da unidade angolana. Cornélio Caley propõe a inclusão de datas importantes do MPLA na sociedade. Maria Eugénia Neto, presidente da Fundação António Agostinho Neto, promoveu a criação de uma cátedra na Universidade do Porto, em Portugal, para estudos sobre a obra de seu pai. O reitor da universidade, João Veloso, celebrou o ato como um feito internacional