Mariana Mortágua, coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), anunciou que irá arcar com os custos da sua viagem de regresso a Portugal, após ter sido detida e deportada por Israel. A deputada, que participou da Flotilha Humanitária com destino a Gaza, critica a decisão do governo português de imputar a ela os custos da viagem. Mortágua defende que a fatura deveria ser enviada a Israel, a quem ela se refere como "genocida". Em declarações divulgadas nas redes sociais, Mortágua expressou sua insatisfação com a situação, afirmando que pagará o bilhete, mas considera que a atitude do governo demonstra a falta de caráter de alguns ministros. Ela foi detida por Israel por participar da flotilha que visava furar o bloqueio e levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza. Questionada pela Rádio Renascença, Mortágua revelou que soube pela imprensa sobre a cobrança da viagem. A mãe da deputada foi contatada para fornecer o endereço para o envio da notificação. Mortágua já respondeu publicamente, mesmo sem ter recebido a notificação formal. Além de Mortágua, outros três ativistas portugueses detidos por Israel – Sofia Aparício, Miguel Duarte e Diogo Chaves – também terão de reembolsar o Estado pelos custos da viagem de regresso. A informação foi confirmada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros.