Mariana: 10 Anos de Tragédia e Impunidade – Ninguém Foi Condenado!

O rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), completa dez anos na próxima quarta-feira (5), com o processo criminal ainda em andamento e ações de reparação incompletas. Às 16h20 de 5 de novembro de 2015, 40 milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração se espalharam, destruindo tudo. Dezenove pessoas morreram, comunidades desapareceram e o Rio Doce foi devastado. Contudo, até o momento, ninguém foi criminalmente responsabilizado. Há um ano, a Justiça Federal absolveu a mineradora e os demais acusados. O Ministério Público Federal (MPF) recorreu da decisão, mas o recurso ainda não foi analisado. A reportagem do g1 detalha os processos judiciais, a recuperação da área atingida, a situação das famílias e a área afetada pela lama. A Justiça absolveu os acusados, mas o MPF busca condenação. Em novembro de 2024, a juíza federal substituta considerou que não foi possível identificar as condutas individuais que levaram ao desastre. O MPF argumenta que as omissões dos réus aumentaram o risco da barragem e pede a responsabilização da mineradora, suas acionistas (Vale e BHP) e consultoria VogBR, além de diretores da Samarco. Letícia Oliveira, do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), alerta que a impunidade aumenta o risco de novas tragédias. Em outubro de 2024, um novo acordo entre mineradoras e poder público, no valor de R$ 170 bilhões, foi assinado para reparação dos danos. Mônica dos Santos, moradora de Bento Rodrigues, critica