Última Notícia: Jornalista Ícone de Niterói, Jourdan Amóra, Deixa um Legado Inesquecível!

A imprensa fluminense lamenta a perda de Jourdan Amóra, figura central na história do jornalismo e da comunicação no Rio de Janeiro. Sua trajetória, marcada por resistência e paixão, inspirou gerações.

Niterói – O jornalismo do Rio de Janeiro está de luto com a morte de Jourdan Amóra, diretor do jornal A Tribuna, aos 87 anos, no Complexo Hospitalar de Niterói, vítima de falência múltipla dos órgãos, ocorrida no último domingo (19). Sua partida encerra um capítulo de dedicação à verdade na imprensa local. Nascido em Minas Gerais, mas niteroiense de coração, Amóra dedicou mais de seis décadas ao jornalismo. Iniciou sua carreira nos anos 50, colaborando com diversos veículos como A Palavra, Diário do Povo e Diário do Comércio, além de reportagens para sucursais fluminenses. Em 1965, adquiriu A Tribuna, modernizando o jornal e ampliando sua circulação. À frente de A Tribuna, foi testemunha e protagonista de momentos cruciais da história política e social do Rio de Janeiro. Enfrentou censuras, crises e transformações tecnológicas com a firme convicção de que a notícia é um direito e o jornalismo, um dever. Seu estilo direto e seu amor pela cidade o tornaram uma referência. Jourdan Amóra foi mais do que um jornalista; foi um formador de opinião. Muitos profissionais da imprensa fluminense foram influenciados por seus conselhos e exigências. Era conhecido por sua disciplina, memória e capacidade de análise. Seu legado continua vivo nas páginas que escreveu e nas histórias que ajudou a contar. A Tribuna, sob sua direção, tornou-se um símbolo de resistência e identidade niteroiense. A redação do jornal decretou luto oficial e prepara

uma edição especial em homenagem ao seu fundador. Amigos, colegas, leitores e autoridades lamentam a perda de um homem que transformou a palavra em sua trincheira. Jourdan Norton Wellington de Barros Amóra fundou o Jornal de Icaraí e criou o Museu da Imprensa, a Associação Brasileira dos Jornais do Interior e a Associação dos Jornais do Interior do Estado do Rio de Janeiro. Deixa os filhos Luis Jourdan e Gustavo, a neta Ana Luísa, e uma legião de admiradores. O prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, expressou sua tristeza pela morte do jornalista. "Jourdan era a própria notícia. Apaixonado pela verdade e inquieto por natureza, ele transformou o ato de informar em um ato de resistência e de amor profundo por Niterói. Ele não apenas contou a história de nossa cidade, mas ajudou a escrevê-la. Jourdan atravessou censuras, prisões políticas, revoluções tecnológicas e crises políticas sem nunca deixar de informar e lutar por uma sociedade mais democrática. Fez de A Tribuna um símbolo de independência e credibilidade". Marcos de Jourdan Amóra: 1938 – Nasce em Araçuaí, Minas Gerais. Anos 50 – Muda-se para Niterói e inicia no jornalismo. Anos 60 – Destaca-se na imprensa local, enfrentando os anos de chumbo. Torna-se diretor de A Tribuna. Anos 70 – Consolida o jornal como referência regional. Anos 80 a 2000 – Forma jornalistas e mantém o jornal ativo. 2025 – Falece aos 87 anos, deixando um legado de integridade e paixão pela notícia.

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