Kleber Mendonça Detona Críticas a 'O Agente Secreto' e Revela Planos Pós-Oscar!

Diretor analisa sucesso de bilheteria, expectativa para o Oscar 2026 e comparações com 'Bacurau'. Mendonça também responde críticas sobre o final do filme e fala sobre o futuro.

O cineasta Kleber Mendonça Filho, conhecido por sua contribuição ao cinema nacional, descreve seu filme "O Agente Secreto" como um "quebra-cabeça". Ele participou de todos os aspectos da produção, desde a direção e montagem até o roteiro, e o longa-metragem estreou há uma semana em todo o Brasil, alcançando sucesso nas bilheterias, com R$ 6,6 milhões arrecadados nos primeiros três dias. Aos 56 anos, Mendonça Filho tem viajado pelo mundo promovendo o filme, escolhido para representar o Brasil no Oscar 2026, a principal premiação cinematográfica internacional. O filme, estrelado por Wagner Moura, reacende a expectativa de sucesso, semelhante à repercussão de "Ainda Estou Aqui", de Walter Salles. Além da estatueta de Melhor Filme Internacional, há expectativas em Hollywood por indicações em categorias como Melhor Filme, Direção e Melhor Ator. As indicações serão anunciadas em 22 de janeiro, e em 16 de dezembro será divulgada a lista dos 15 filmes pré-selecionados para concorrer ao prêmio. Em meio a um cenário repleto de livros e DVDs, o diretor tem participado de diversas videochamadas nos últimos meses e se coloca como um "operário" de seu filme. Ele compartilha suas expectativas, comparações e as críticas que a produção tem recebido. Sobre as expectativas, Mendonça Filho demonstra entusiasmo, destacando os prêmios já conquistados, incluindo Melhor Ator e Melhor Direção no Festival de Cannes, na França, em maio de 2025. Ele enfatiza a

comunicação do filme com o público brasileiro, a diversidade de sotaques e a importância de se ouvir no audiovisual nacional. Em relação às comparações, o diretor analisa as semelhanças e diferenças entre "O Agente Secreto" e "Bacurau", filme que também dirigiu e que ganhou o Prêmio do Júri em Cannes em 2019. Ele explica que "Bacurau" é um faroeste que aborda genocídio e guerra, enquanto "O Agente Secreto" se passa em uma realidade mais palpável, focando em poderes e perseguições no Brasil. Ao ser questionado sobre as críticas ao desfecho de "O Agente Secreto", Mendonça Filho justifica que a história poderia ser contada de diversas maneiras e que algumas reações de perplexidade e frustração são naturais. Ele ressalta que o filme recebeu reações positivas e que entende e aceita as críticas. Mendonça Filho também aborda a corrida pelo Oscar, sem fazer alarde nas redes sociais, e faz um balanço de suas conquistas profissionais, afirmando que está vivendo o que pediu ao Papai Noel. Em entrevista, Mendonça Filho discute a mudança na percepção do público em relação ao filme, desde Cannes até o Brasil, e destaca a importância de mostrar a diversidade de sotaques brasileiros. Ele ressalta que o filme fala sobre a história do Brasil e elogia o trabalho de Wagner Moura. Mendonça Filho também fala sobre a montagem do filme e suas inspirações, que buscam criar um jogo com o espectador, gerando suspense. Ele menciona que o filme é como um quebra-cabeça e que algumas pessoas esperavam mais do final, mas que isso é natural. Ao ser questionado sobre as comparações com "Bacurau", Mendonça Filho explica as diferenças entre os filmes, destacando a violência em "O Agente Secreto" e a importância de lançar o filme em meio aos acontecimentos no país. Ele afirma que os melhores filmes são retratos artísticos da sociedade e que "O Agente Secreto" estabelece uma relação com a realidade brasileira. Mendonça Filho menciona o filme "Carandiru", de Héctor Babenco, e explica que prefere abordar os temas de maneira circular. Ele também fala sobre a importância de não rotular o filme como uma obra sobre a ditadura, e sim sobre um momento específico, e sobre a possibilidade de o filme atrair um público amplo. Mendonça Filho ressalta que "Bacurau" furou a bolha e que "O Agente Secreto" tem elementos que podem conquistar o público. Ele encerra falando sobre o Oscar, seguindo os conselhos de Fernanda Torres, e sobre seus próximos projetos, sem descartar a possibilidade de trabalhar em Hollywood ou na França. Ele finaliza dizendo que está vivendo o que sempre sonhou e que nunca teve um plano B, agradecendo o apoio de sua mãe e destacando a importância de compartilhar filmes com o público.

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