No dia de início do julgamento do policial acusado pela morte de Odaír Moniz, os moradores do bairro do Zambujal, onde a vítima residia, demonstram ceticismo quanto à possibilidade de uma condenação efetiva. Temem que a violência retorne ao bairro. No Centro Consolação e Vida, da Paróquia da Buraca, a preparação de uma cachupa gigante para uma cerimônia sobre os objetivos de desenvolvimento sustentável ocorre em meio a expectativas e incertezas. A Irmã Ivani Morais expressa fé de que os disparos que resultaram na morte de Odair Moniz não foram intencionais, sugerindo que o policial pode ter agido sem a intenção de matar. Alguns moradores, como António Manuel, acreditam que a polícia agiu de forma inadequada e questionam a aparição de uma faca após a morte de Odaír. António Gonçalves, ao sair de um café próximo ao que era de Odaír Moniz, que está fechado desde a sua morte, relata que as provas foram manipuladas. Eugénia Vaz, moradora do bairro, expressa dúvidas sobre a condenação do policial, afirmando que a justiça verdadeira reside no Pai Celestial. A comunidade anseia que, na ausência de condenação, o bairro não reviva o caos vivido há um ano, marcado por incêndios e vandalismo.